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Preço de matérias-primas cai ao menor nível em 20 meses

Cotações são influenciadas por crise na Europa e alta do dólar

Yasuyoshi Chiba/France Presse
Painel da BM&FBovespa, principal Bolsa de negócios com derivativos agrícolas no país
Painel da BM&FBovespa, principal Bolsa de negócios com derivativos agrícolas no país

TATIANA FREITAS
DE SÃO PAULO

A tensão nos mercados globais derrubou o preço das commodities. Do algodão ao cobre, as matérias-primas caíram ontem, refletindo incertezas sobre a crise na Europa.

O indicador que reúne o desempenho das principais commodities, o CRB, caiu ao menor nível em 20 meses, para 281 pontos. O índice acumula perda de 8% neste ano e de 40% ante o recorde de alta, em meados de 2008.

As commodities já vinham caindo nas últimas semanas pelo temor de menor demanda mundial, principalmente por conta da desaceleração da China, principal consumidor de produtos básicos.

Mas a retração acentuada de ontem reflete mais um movimento financeiro do que os fundamentos do mercado. Em período de crise, os investidores buscam refúgio no dólar, que tem influência direta nos preços das commodities.

Como esses produtos são cotados na moeda norte-americana, a alta do dólar torna as matérias-primas mais caras para os detentores de outras moedas, provocando o ajuste nas cotações.

Ontem, o índice que mede o desempenho do dólar ante uma cesta de moedas atingiu o maior valor desde 2010.

DO PETRÓLEO AO CAFÉ

Além de ter sido influenciado pela expectativa de saída da Grécia do euro, o preço do petróleo também refletiu a possibilidade de o Irã e as grandes potências estarem perto de um acordo sobre o programa nuclear de Teerã.

Em Londres, o Brent caiu 2,6%, para US$ 105 por barril. Em Nova York, o barril fechou abaixo de US$ 90.

Entre as commodities agrícolas, os destaques de queda foram para suco de laranja (5%), algodão e café (ambos com 4%).

Entre os metais, o cobre perdeu 1,8% em Londres e o minério de ferro, negociado à vista no mercado asiático, caiu para US$ 132,50 por tonelada -menor valor em sete meses. A alta do dólar também pesou sobre o ouro, que perdeu 1,8% em Nova York.

Com o "Financial Times"

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