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Vaivém

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Recomposição de margem da indústria evita que produtor de leite receba mais

Os preços recebidos pelos produtores de leite subiram 12% nos quatro primeiros meses deste ano em relação a igual período anterior. Já os produtos industrializados, como o leite integral, praticamente ficaram estáveis.

Com isso, os produtores preveem a recuperação de margem das indústrias, o que inibirá reajustes de preços do leite no campo, apesar da entressafra. A queda deverá ocorrer principalmente no Sudeste e no Centro-Oeste.

O cenário não é bom para os produtores, que estão com os custos de produção elevados e margens "apertadas", segundo avaliação de técnicos do Centro de Pesquisas em Economia Avançada (Cepea), que pesquisa preços do leite em sete dos principias Estados produtores.

No mês passado, os custos dos produtores superaram em 7% os de abril de 2011 e em 20% os de abril de 2010.

A pesquisa mensal de preços do Cepea indicou valor médio bruto de R$ 0,8742 por litro de leite para o produto entregue em abril. Esse valor supera em 0,8% o do mês imediatamente anterior.

Os melhores preços ocorreram em Goiás, onde o produtor recebeu R$ 0,9169 por litro. Santa Catarina registrou o menor: R$ 0,8191.

A oferta de leite caiu em abril. O acompanhamento do Cepea indicou captação 0,5% inferior à de março, com Santa Catarina registrando a maior queda no período, de 8%. Na comparação com abril do ano passado, houve alta de 4% na média dos Estados pesquisados.

Mão de obra Um dos itens de maior peso na composição dos custos dos produtores de laranja é a mão de obra, segundo pesquisa de Margarete Boteon e Larissa Pagliuca, do Cepea.

Quanto é Conforme pesquisa feita em três fazendas, o custo da mão de obra representou 22% do custo total da produção de laranja em 2011/12. Sem incluir os custos financeiros, despesas gerais e depreciações, o percentual sobe para 38%.

Nos EUA Os preços médios recebidos pelos produtores norte-americanos recuaram 1,1% em maio em relação a abril.

Pecuária A maior queda ficou para o setor agrícola, que teve recuo de 1,4% no mês. Os preços recebidos na pecuária tiveram queda menor, de 0,7%.

Mercado externo Suco e algodão foram os produtos que registraram as maiores quedas de preço em maio: 20% e 18%, respectivamente. O milho veio a seguir, com recuo de 16%.

Compra de máquina cresce

As importações de máquinas e equipamentos agrícolas somaram US$ 698 milhões nos 12 meses encerrados em abril, 56% mais ante igual período anterior.

As exportações alcançaram US$ 1,01 bilhão em 12 meses, mas tiveram crescimento de somente 12% em relação a igual período anterior.

Os dados são da Abimaq (associação do setor), que registra ainda alta de 21% no faturamento nominal e aumento de 8,5% no número de empregados no setor. Os pedidos em carteira caíram 14%.

Açúcar tem receita maior

A desvalorização do real melhorou as receitas com as exportações de açúcar, garantindo uma evolução média dos preços no setor sucroalcooleiro no mês passado.

Os dados de ontem da Consecana indicaram o ATR (açúcar recuperável da cana) no valor de R$ 0,5066 por quilo, com valorização de 1,81% em relação a abril.

Enquanto o açúcar para o mercado externo rendeu R$ 0,62 por quilo de ATR, o álcool ficou abaixo de R$ 0,50.

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