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Crise favorece conservadorismo no 1º semestre

Perspectiva é que rendimentos reais continuem baixos, segundo avaliação de economista

TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO

No final de 2011, as apostas para o início deste ano eram de possível recuperação na Bolsa, além de juros altos por bom tempo e de trajetória declinante para o dólar.

Essas perspectivas até se confirmaram (a Bolsa subiu 20% até 20 de março), mas a crise se agravou na Europa e inverteu as expectativas.

"Ganhou quem fugiu da Bolsa e fez escolhas conservadoras como o dólar, que voltou a ser uma alternativa para se proteger nesses períodos", diz Fabio Colombo, administrador de investimento.

Mesmo quem permaneceu no porto seguro da renda fixa, apostando em aplicações atreladas a juros, viu o rendimento desses investimentos reduzirem com velocidade nos últimos meses.

Os juros nominais pagos pela dívida do governo desceram de 12,5% para 8,5%, mas a maior perda ficou com as taxas reais, após desconto da inflação. No início do ano, essas taxas estavam em torno de 6%; agora, desceram para a casa de 3% e 3,5%.

Para Mauro Halfeld, da UFPR, os rendimentos seguirão baixos, obrigando o aplicador a assumir mais riscos para não perder da inflação.

"Dificilmente teremos novo ciclo de juros reais altos nos próximos anos. O que vivemos nos últimos 18 anos foi uma anomalia. Penso que o Ibovespa possa cair mais antes de se recuperar. Comprar ações agora é só para investidor de longo prazo, que aplica gradualmente."

"Não é normal ter três anos seguidos ruins na Bolsa, que pode superar o CDI, mas isso é um palpite", diz Colombo.

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