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Vaivém

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Apesar de reação em junho, Irã pesa na balança de carne bovina no 1º semestre

Apontado como entrave ao aumento das exportações brasileiras de carne bovina no primeiro semestre, o Irã aumentou suas compras em mais de 200% em junho.

Segundo a Abiec (Associação Brasileira da Indústria de Carne Bovina), os embarques para o Irã somaram US$ 18 milhões em junho, alta de 242% ante maio. Em relação ao mesmo mês de 2011, no entanto, a receita é 72% menor.

Mas, para Fernando Sampaio, diretor da Abiec, o resultado de junho mostra o retorno de um importante cliente brasileiro às compras, após divergências diplomáticas terem reduzido as exportações de carne do Brasil ao Irã em 89% no primeiro semestre.

Em 2011, o Irã foi o terceiro maior destino da carne brasileira, em faturamento, atrás de Rússia e Europa. Neste ano, caiu para a 10ª posição.

Segundo Sampaio, o resultado das exportações de carne foi frustrante por causa do Irã. "O resultado teria sido muito melhor se não fosse o imprevisto com o Irã", diz.

No primeiro semestre, o Brasil exportou US$ 2,64 bilhões em carne bovina, alta de 1,8%. A cifra, no entanto, ainda está muito distante da estimativa da Abiec para os embarques de 2012, de US$ 6 bilhões, que foi mantida.

"Como os outros mercados estão indo bem e o Irã está voltando, mantemos a previsão", afirma Sampaio.

Países que em 2011 reduziram as compras por problemas internos, como Egito e Líbia, retornaram com força, mostrando altas de 39% e de 174% nas importações, respectivamente.

Outra surpresa positiva é o Chile, que comprou 259% a mais do Brasil em 2012. A Rússia continuou como principal destino do produto.

Em toneladas, as exportações brasileiras aumentaram 2,5% no semestre. A crise internacional, no entanto, conteve reajustes. O preço médio da carne bovina brasileira caiu 0,70% no período.

Recorde A soja subiu 2,5% ontem em Paranaguá e chegou a R$ 81 por saca de 60 quilos, segundo o indicador Esalq/BM&FBovespa. O valor é o maior já registrado em termos nominais (sem descontar a inflação).

Reflexo dos EUA A valorização da soja no Brasil é estimulada pela especulação devido aos impactos da seca nos EUA sobre a produção. Ontem, a oleaginosa subiu 2,4% em Chicago. Em 30 dias, a alta é de 18%.

Clima Previsão de seca para o Meio-Oeste americano nos próximos dez dias voltou a elevar o preço do milho (4,9%) e do trigo (4,3%) em Chicago, além da soja. Em 30 dias, o trigo já sobe 45% e o milho, 34%.

PETRÓLEO

+1,53%

Ontem, em Nova York

CHUMBO

-1,25%

Ontem, em Londres

Importações de adubo caem com estoque e fila em porto

As importações de adubos e fertilizantes caíram 24% no primeiro semestre, para 6,9 milhões de toneladas, segundo dados da Secex. Em dólares, a retração é de 11%, para US$ 3,2 bilhões.

Como os bons preços agrícolas mantêm a demanda aquecida, o uso dos estoques, mais altos no final do ano passado, explica a queda nas importações neste ano.

Com o câmbio mais valorizado e estoques em alta no início deste ano, as empresas preferiram utilizar o adubo armazenado a importar mais.

Carlos Eduardo Florence, diretor-executivo da Ama (Associação dos Misturadores de Adubos do Brasil), também aponta os portos atravancados como motivo da queda.

Nos últimos 40 dias, a chuva paralisou o recebimento de fertilizantes em 22 dias no porto de Paranaguá (PR), que recebe o maior volume de adubo no país. Ontem, 118 navios aguardavam para atracar nos portos de Paranaguá e Antonina. Desses, 46 continham fertilizantes.

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