Vaivém das commodities

Produtores de fumo terminam a safra 2011/12 com aumento na remuneração

A safra 2011/12 de fumo está terminando com melhora na renda dos produtores.

O preço médio recebido até ontem, de R$ 6,37 por quilo, foi 27% maior do que na safra anterior, segundo Romeu Schneiber, presidente da Afubra (Associação dos Fumicultores do Brasil).

A alta, segundo Schneiber, deve-se à melhora na qualidade do tabaco e à valorização cambial, que aumentou a receita em reais. Cerca de 85% da produção brasileira é vendida para o exterior.

A demanda externa também contribuiu. No primeiro semestre, o volume exportado aumentou 18% em relação ao mesmo período de 2011, para 194 mil toneladas, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

A receita em dólares subiu 14% e atingiu US$ 1,26 bilhão.

Os EUA continuaram como principal destino dos embarques, seguidos pela Bélgica.

Cerca de 5% da produção da safra 2011/12 ainda deve ser vendida às indústrias até o final de agosto, quando começa o plantio da nova safra.

A área dedicada ao fumo deve ficar estável na temporada 2012/13, em 325 mil hectares, segundo Schneiber.

Recuperação A processadora norte-americana de carne de frango Pilgrim's Pride, controlada pela brasileira JBS, teve lucro de US$ 69 milhões no segundo trimestre e reverteu prejuízo de US$ 128 milhões em igual período de 2011.

Milho brasileiro Para reduzir os impactos da alta dos custos de produção, provocada pela seca nos EUA, a Pilgrim's busca milho no Brasil. Segundo o "Wall Street Journal", a empresa está perto de fechar um acordo com exportadores brasileiros.

Investimento A japonesa Arysta Life Science (defensivos agrícolas) investirá US$ 8 milhões neste ano em seu centro de pesquisa em Pereiras (SP) para o desenvolvimento de novos produtos. O Brasil representa um terço das operações da empresa no mundo.

Efeito Brasil O preço do açúcar em Nova York caiu 5,8% na semana. A baixa é reflexo do clima mais seco no Brasil, que possibilitou o avanço da moagem de cana na primeira quinzena deste mês.

Custo maior leva avicultor e suinocultor a elevar preços

Diante da alta nos custos, provocada pelo aumento das cotações dos grãos, os produtores de suínos e de aves estão forçando altas nos preços de venda.

No caso dos suínos, a recuperação já ocorre há dias. Neste mês, o valor da arroba nos frigoríficos de São Paulo já subiu 32%.

Ontem, o aumento foi de 4,8%, com a arroba passando para R$ 48,40, segundo pesquisa da Folha.

Embora os suinocultores afirmem que o pacote de apoio anunciado pelo governo é insuficiente para resolver a crise no setor, os preços começaram a se recuperar desde o anúncio das primeiras medidas.

Já a reação nos preços do frango vivo começou ontem, com alta de 2,8% em São Paulo. O quilo da ave viva foi negociado a R$ 1,85, em média, e a tendência é de nova alta durante o final de semana.