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Lobão admite alta da gasolina e impulsiona as ações da Petrobras

Guido Mantega (Fazenda), porém, desmente possibilidade de novo aumento neste ano

Interferência do governo no preço dos combustíveis para conter inflação reduz valor da petroleira

DE BRASÍLIA
DE SÃO PAULO

Declarações do ministro Edison Lobão (Minas e Energia) de que poderia haver ainda neste ano novo reajuste no preço dos combustíveis estimularam uma forte alta no preço das ações da Petrobras.

Os papéis haviam caído no começo da semana por causa do prejuízo da companhia divulgado na sexta passada e vinham se recuperando depois que a presidente da companhia, Graça Fortes, declarara que uma de suas prioridades era manter o preço dos combustíveis competitivo.

A influência do governo nesses preços, com o objetivo de conter a inflação, é um dos principais motivos para a desvalorização das ações da Petrobras. A nova gestão quer implantar várias medidas para reverter esse quadro.

O que mais agradou ao mercado foi que Lobão se referiu ao assunto como uma "necessidade" para ajudar a Petrobras, após o prejuízo de R$ 1,3 bilhão no segundo trimestre.

O ministro disse que o valor do reajuste ainda era alvo de avaliação entre os ministérios da Fazenda e de Minas e Energia. Mais tarde, porém, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que "não há perspectiva de reajuste dos preços dos derivados de petróleo no horizonte".

A Fazenda diz que foram concedidos dois reajustes de preços para a gasolina e para o óleo diesel neste ano.

Durante o dia, as declarações do ministro Lobão fizeram as ações ordinárias (com voto) da estatal subirem 5,43% e as preferenciais (sem voto) terem alta de 4,59% ontem na Bolsa.

A reação das ações da Petrobras ajudou na recuperação do Ibovespa, principal termômetro do negócio com ações, que terminou o dia com alta de 2,12%.

ÁLCOOL NA GASOLINA

Lobão também acenou com a possibilidade de aumentar em breve o percentual do álcool na gasolina de 20% para 25%. No mês passado, ele havia dito que, para que a medida fosse tomada, a produção nacional de etanol precisaria superar os patamares que apresentava na ocasião.

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