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Acesso a dados na ANP será alvo de investigação

Ex-funcionário frequentou agência

MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO

O Ministério Público Federal, no Rio, vai abrir duas investigações contra a ANP (Agência Nacional do Petróleo). O objetivo é esclarecer como, em 2007, um ex-funcionário frequentou por oito meses a agência ao mesmo tempo em que estava contratado por uma consultoria do setor petroleiro.

De acordo com relatório da assessoria de inteligência da ANP, o geólogo Paulo Araripe continuou tendo acesso à Superintendência de Desenvolvimento de Blocos mesmo após pedir exoneração. À época, a informação foi passada ao então diretor-geral, Haroldo Lima, com a recomendação de que fosse instaurado processo administrativo.

O setor é considerado estratégico por reunir informações sobre áreas de exploração de petróleo. O acesso irregular a esses dados pode favorecer uma empresa durante concorrência pública.

Araripe era responsável por definir blocos de exploração de petróleo e gás para a nona rodada de licitações. Ao mesmo tempo, havia sido contratado pela Stratageo Soluções Tecnológicas Ltda., que prestava serviços de consultoria a empresas que disputariam a rodada.

O setor da ANP, na época era coordenado por Magda Chambriard, atual diretora-geral da agência.

"Prestava informações por ser mais velho e possuir mais experiência", disse Araripe.

A ANP também não vê problemas.

Ontem, durante sabatina na Comissão de Infraestrutura do Senado, que aprovou sua recondução ao cargo, a Chambriard, disse que "não se lembra" do episódio ocorrido em 2007.

Colaborou Brasília

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