Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Indústria de motos revive crise de 2008 Impactadas pela restrição de crédito, produção e vendas do segmento recuaram pela metade no mês de julho Setor negocia com o governo medidas para melhorar a aprovação de financiamentos para a compra de motos DE SÃO PAULOA restrição do crédito para a compra de motos fez o setor reviver em julho resultados da crise de 2008. A produção caiu pela metade na comparação com julho do ano passado, para 75,8 mil unidades, o menor nível desde janeiro de 2009. A piora nos dados está relacionada a uma secura de crédito ao setor que afeta os negócios desde o início deste ano. A aprovação dos pedidos de financiamento para motos está hoje em nível inferior a 20% do total. Em julho, as vendas no atacado -às concessionárias- caíram 46,2% em relação ao mesmo mês de 2011, o pior resultado mensal desde de dezembro de 2008. No acumulado dos sete primeiros meses, a queda em relação ao mesmo período do ano passado chega a 15,8% na produção (1,04 milhão de unidades) e a 17,6% nas vendas (984 mil motos). Segundo estimativa da Abraciclo (associação das fabricantes), as demissões na indústria, que prorrogaram as férias programadas, beiram os 2.000 trabalhadores. A associação revisou em julho as projeções para 2012. A estimativa passou de alta de 5% em janeiro para queda de 15% nas vendas. SOCORRO O setor negocia medidas para reverter a crise atual. Em reunião com o ministro da Fazenda em julho, o presidente da Fenabrave (associação das concessionárias), Flávio Meneghetti, pediu a liberação de R$ 1,8 bilhão em depósitos compulsórios (recursos que ficam retidos no Banco Central) para estimular o crédito para motos. As vendas financiadas caíram para 41% do total no semestre. Em 2011, representavam 52% dos negócios. Os fabricantes também iniciaram uma campanha com concessionários para melhorar o preenchimento das fichas de pedido de crédito. "Nas conversas com os bancos, tivemos a informação de que algumas causas marcantes [para a reprovação] estavam no preenchimento errado de fichas", afirma o diretor da Abraciclo, José Eduardo Gonçalves. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |