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Estrangeiro reluta em aderir à oferta do Cruzeiro do Sul

Papéis de dívida são negociados com valor abaixo do oferecido para compra

DE SÃO PAULO

Maiores prejudicados com a proposta de "perdão" de quase a metade da dívida do Banco Cruzeiro do Sul, os investidores estrangeiros relutam em aderir à oferta do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) de comprar os papéis da dívida antes do vencimento.

Para cobrir o rombo contábil de R$ 3,11 bilhões, os interventores do Fundo Garantidor decidiram "socializar" as perdas com os credores, oferecendo um "desconto" médio de 49% nas dívidas.

A oferta está condicionada à adesão de 90% dos credores e à existência de um comprador para o banco até o dia 12 de setembro. O fracasso implicará a liquidação do banco, sendo que os credores terão de reclamar na Justiça o pagamento de dívida com o dinheiro da massa falida.

Ontem, aumentou o deságio nos títulos do banco negociados nos EUA, refletindo o descrédito no sucesso da oferta. Segundo a Bloomberg, os papéis com vencimento em 2020 foram negociados a 30% de seu valor, o que significa que valiam US$ 0,30 para cada US$ 1 de dívida. No dia anterior, estavam em 31%, valor oferecido pelo FGC para quem aderir até o dia 28. Depois, o valor cai para 26%.

O FGC fará uma assembleia com os estrangeiros no dia 7 de setembro em Nova York.

(TONI SCIARRETTA)

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