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Vaivém das Commodities

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MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Preço do milho no exterior subirá 30% até fim do ano, prevê analista de banco

A seca que afeta a produção de grãos nos Estados Unidos ainda não foi toda incorporada pelos preços praticados pelo mercado.

Ainda há dúvidas sobre o volume final da safra e a perda pode ser maior do que a anunciada até agora. No caso do milho, são 102 milhões de toneladas perdidas em relação à estimativa inicial.

Com isso, "os preços continuarão subindo, pelo menos enquanto persistirem as dúvidas sobre o real tamanho da produção norte-americana de grãos".

A avaliação é de Giovanna Siniscalchi, economista e analista de commodities do banco Itaú.

Na avaliação dela, o preço de milho -produto mais afetado pela seca- poderá ter alta adicional de 30% até o final do ano. Nesse mesmo período, a soja subiria cerca de 10%.

A oleaginosa foi menos afetada pela seca e ainda há tempo para a recuperação da produtividade, desde que o clima favoreça. No caso do milho, a quebra da safra é irrecuperável.

O mercado internacional está de olho, agora, na América do Sul, cujo plantio começa em breve. O problema é que, se setembro continuar seco, poderá haver atraso no plantio, afirma Giovanna.

Além do fator climático, o mercado vai ser afetado pela demanda, que, apesar de dois meses de preços altos, ainda não deu sinais de queda, diz a analista do Itaú.

O mercado só ficará estabilizado com a safra elevada na América do Sul, uma vez que a demanda continua alta e os estoques são baixos.

Suíno americano Enquanto as exportações brasileiras de carne suína patinam, as dos EUA avançam. O volume exportado aumentou 21% no primeiro semestre, impulsionado pelo Japão e por tradicionais parceiros dos americanos, como México e Canadá.

Carne valorizada Os EUA também estão agregando mais valor à carne bovina. O preço médio das exportações norte-americanas subiu 17% de janeiro a junho, compensando parcialmente a retração no volume embarcado, de 11% no período.

Ajuste à vista Segundo o presidente da JBS, Wesley Batista, os frigoríficos norte-americanos estão reduzindo horas e dias trabalhados para ajustar a oferta à demanda por carne bovina. Segundo ele, as unidades ainda não estão fechando capacidade.

Metais Os preços recuaram ontem na Bolsa de Londres. O mercado ainda avalia a demanda, que não se recupera.

Produtores devolvem 94% de embalagens de insumos

Pelo menos 94% das embalagens plásticas de insumos colocadas no mercado são devolvidas pelos produtores brasileiros e têm reciclagem ou incineração.

O percentual supera tradicionais produtores, como os EUA, que devolvem 33%. O elevado percentual se deve à legislação brasileira sobre o destino final de embalagens utilizadas com defensivos.

Desde 2002, já foram coletadas 220 mil toneladas, segundo o Inpev (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias).

Com TATIANA FREITAS

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