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Sem alimento, granjas matam pintinhos

DE CURITIBA

Os frangos criados pelo avicultor Floriano Milka, que tem granja em Mandirituba (região metropolitana de Curitiba), com 22 dias, já deveriam estar pesando 900 gramas, mas estão com 550.

Franzinos, os animais estão sem ração suficiente desde que o frigorífico Diplomata, para o qual Milka vendia sua produção e que fornecia alimento para os frangos, fechou as portas, em julho.

A empresa, que entrou em processo de recuperação judicial na semana passada, informou que o alto custo de insumos a obrigou a fechar a filial de Mandirituba e, em seguida, pedir recuperação.

A Diplomata é só uma das várias empresas de médio e pequeno porte que têm sucumbido à crise do setor. Em Santa Catarina, duas granjas chegaram a matar pintinhos no mês passado porque não teriam ração (nem dinheiro) para alimentá-los.

"Existem pintos morrendo por falta de ração. A sociedade protetora dos animais teria de entrar nisso. Isso é tortura", afirma o agricultor Valdemiro Kreusch, da cooperativa Copasol, sediada em Curitiba.

Sem receber ou quase sem lucro, produtores têm abandonado o setor, especialmente aqueles cuja produção era vendida para empresas em má situação financeira.

Mesmo os integrados a gigantes como BRF e Marfrig estão sofrendo. "Só está sobrando migalha. São quatro ou cinco centavos por cabeça", diz o avicultor Amarildo Brustolim, de Dois Vizinhos (PR), onde a BRF tem fábrica.

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