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Desemprego é menor em 10 anos, mas vagas recuam

Número de pessoas no mercado de trabalho cresce menos e ajuda taxa

Queda de 47% na criação de vagas formais em agosto em relação a 2011 mostra recuperação lenta

DO RIO
DE BRASÍLIA

A taxa de desemprego para o mês de agosto baixou para 5,3%, o menor nível para o mês desde 2002, ano em que começou a série da pesquisas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O aumento no número de pessoas ocupadas, no entanto, frustrou expectativas de analistas. O principal motivo para o recuo do desemprego foi o baixo crescimento do número de pessoas que estão à procura de trabalho. Como a taxa de desemprego é o percentual de desocupados na força de trabalho, quanto menos pessoas buscando ocupação menor é a taxa.

Em agosto, o total de pessoas ocupadas subiu 1,5% em relação a agosto de 2011, contra 2% na média do primeiro semestre, mostram cálculos da consultoria LCA.

Já a força de trabalho cresceu menos: 0,7% em agosto em relação a agosto de 2011. Entre 2006 e 2011, o número crescia na média 1,6%.

Segundo avaliação do economista Caio Machado, da LCA, o menor crescimento da força de trabalho ocorreu principalmente devido à saída de jovens, de 15 a 24 anos, da corrida pelo emprego.

Se a procura caiu, dados do Ministério do Trabalho indicam que a oferta de emprego também perdeu ímpeto.

Segundo dados do Caged, a criação de vagas com carteira assinada caiu 46,9% (para 100.938 vagas) no mês passado em relação ao mesmo período de 2011 -pior saldo para agosto desde 2003, quando foram gerados 80 mil novos postos de trabalho.

Os dois indicadores mostram que o mercado de trabalho não acompanha a retomada do crescimento.

"Durante a desaceleração, os empresários relutaram em demitir, na expectativa de retomada da demanda. Agora, porém, eles têm folga para aumentar a produção sem acelerar tanto a contratação", analisa Machado.

Já os salários subiram. Segundo o IBGE, o rendimento médio do trabalhador de janeiro a agosto foi de R$ 1.744,15, já descontada a inflação -mais alto patamar desde 2003. Em agosto, o valor foi de R$ 1.758,10, alta de 1,9% ante julho. O IBGE divulgou as taxas de desemprego de junho (5,9%) e julho (5,4%), que foram afetadas pela greve dos servidores.

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