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Vaivém das Commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Cotação recorde dos grãos faz o preço da terra disparar

Empurrado pelos bons preços dos produtos agrícolas, o valor da terra subiu nos principais países produtores de grãos. No Brasil, a alta foi geral, segundo José Vicente Ferraz, diretor-técnico da Informa Economics FNP.

"A situação ficou um pouco mais complicada nas regiões produtoras de frutas", afirma ele. A crise econômica mundial provocou uma redução nas importações de frutas, afetando a renda desses produtores.

Nos últimos 12 meses, no entanto, quando os produtores colocaram o foco no mercado interno, os preços da terra começaram a se recuperar, obtendo alta de 32% em 12 meses.

A terra dedicada ao plantio de soja continua com forte ascensão, devido aos preços recordes da oleaginosa.

As pesquisas bimestrais da FNP indicam que o valor da terra nos Estados do Centro-Oeste e regiões do Norte e do Nordeste subiram 10% no primeiro semestre.

As próximas pesquisas podem indicar evolução ainda maior porque os preços dos grãos tomaram ímpeto maior a partir de julho.

Tendo a soja como base de referência nos preços, o hectare de terra já acumula elevação de 150% nos últimos 36 meses na cidade de Sinop, em Mato Grosso.

Outro setor que tem um bom cenário é o da pecuária, devido à recuperação do preço da carne. O aumento da terra atingiu 180% nos últimos três anos.

Mesmo com a valorização da carne, a pecuária não consegue competir com a renda da soja que, por ser mais rentável, ocupa parte das áreas de pastagens, diz Ferraz.

ESTADOS UNIDOS

O cenário nos Estados Unidos não foi diferente. O aumento no preço da terra chegou a 36% nos últimos 12 meses, como o ocorrido no Estado de Nebrasca.

No Meio-Oeste dos EUA, região mais propícia para a produção de grãos, o aumento médio no preço da terra foi de 19%, segundo acompanhamento do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Economistas da Universidade de Purdue disseram que esteve a favor desse aumento a elevação de renda líquida dos produtores, taxas de juros favoráveis, além da demanda forte por grãos e uma oferta reduzida.

Revisão A safra 2012/13 de cana deve ficar em 518,5 milhões de toneladas, segundo a Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar). A projeção é 1,87% superior à estimativa anterior da entidade, divulgada em abril.

Rendimento baixo A quantidade de açúcar recuperável na cana, porém, deve ser 3,28% menor do que a esperada. As chuvas do início da safra prejudicaram a qualidade da matéria-prima.

Insuficiente O maior volume não compensou a queda na qualidade da cana, o que deve provocar queda de 1% na produção de açúcar e de 2% álcool, em relação ao estimado anteriormente.

ESTANHO

-4,52%

Ontem, em Londres

CHUMBO

-1,87%

Ontem, em Londres

com TATIANA FREITAS

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