Venda de celular e TV faz Samsung dobrar lucro no 3º tri e bater recorde

A Samsung Electronics alcançou um lucro de US$ 7,3 bilhões (R$ 14,76 bilhões) no terceiro trimestre deste ano.

Quase dobrando o valor ante o mesmo período de 2011, a empresa sul-coreano bateu um novo recorde.

A maior marca anterior havia sido estabelecida no segundo trimestre deste ano, quando a fabricante registrou lucro de US$ 5,9 bilhões.

O resultado foi impulsionado pelas fortes vendas de TVs de última geração e smartphones da linha Galaxy.

Juntos, os produtos compensaram a redução nas encomendas de chips e telas feitas pela Apple.

As encomendas de smartphones atingiram 58 milhões de unidades no período, já incluindo os 20 milhões do recém-lançado Galaxy S III.

Com isso, o lucro da divisão móvel da Samsung, que engloba os celulares, mais que dobrou entre julho e setembro, e agora responde por 60% do total do grupo.

Também contou a favor do desempenho no trimestre os investimentos em marketing por conta da Olimpíada de Londres e da divulgação do novo Galaxy. Somente de julho a setembro, a empresa gastou US$ 2,7 bilhões, estimou o Credit Suisse.

A maior parte dos analistas aposta, no entanto, que a sequência de quatro trimestres de lucros recordes acabará em dezembro.

Nesse período, a Samsung -maior fabricante mundial de smartphones, TVs e chips de memória- deve enfrentar uma maior concorrência da Apple, com o iPhone 5, que já deverá ter chegado aos principais mercados.

Outros fabricantes, como a Motorola, também guardaram seus principais lançamentos para o segundo semestre para acirrar o disputado mercado mundial de smartphones, de US$ 200 bilhões (R$ 404,36 bilhões), justamente no Natal, quando o comércio se aquece.

A sul-coreana projeta lucro de US$ 25 bilhões (R$ 50,54 bilhões) para este ano, o que desencadeará pagamentos mais elevados de bônus de desempenho aos 206 mil funcionários da Samsung no início do próximo ano.

Além disso, a empresa terá de reservar recursos no quarto trimestre caso não consiga derrubar um veredicto de um tribunal dos EUA que determinou o pagamento de mais de US$ 1 bilhão (R$ 2,02 bilhões) à Apple por violação de patentes.