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Anunciantes atacam ações para bloquear o rastreamento na web

Serviços "seguem" os passos de consumidores na internet para mandar publicidade a eles

Enquanto empresas e deputados reclamam, para Microsoft, usuário quer privacidade para navegar na rede

NATASHA SINGER
DO “NEW YORK TIMES”

Começou no final do mês passado a campanha dos anunciantes para frear as ações que defendem o bloqueio do rastreamento do comportamento de consumidores na internet.

Alguns navegadores de internet já contam com alguns recursos. O Mozilla, por exemplo, permite que internautas enviem pedidos a empresas para suspenderem a coleta de dados, a fim de destinar publicidade.

A ofensiva começou com uma carta combativa de um grupo de nove deputados federais norte-americanos à FTC (Comissão Federal de Comércio, em inglês).

Eles questionavam o envolvimento do órgão com a organização internacional W3C (World Wide Web Consortium), que tenta definir padrões mundiais para bloquear o rastreamento.

Os legisladores se disseram preocupados que a escolha dada aos consumidores "restringisse o fluxo livre de dados que é o cerne do sucesso da internet".

Depois disso, em carta enviada a Steve Ballmer, presidente da Microsoft, executivos da Dell, IBM, Visa, Verizon, Wal-Mart acusaram a empresa de ter cometido um grave erro ao tornar padrão a opção de bloqueio de rastreamento para o novo navegador Internet Explorer 10.

"A ação da Microsoft é um erro. Todo o ecossistema de mídia condena essa ação", alegava a carta.

A Microsoft tenta minimizar as queixas dos anunciantes. Em nota, Brendon Lynch, vice-presidente de privacidade da Microsoft, afirmou que um estudo recente com usuários de computadores nos Estados Unidos e Europa apontou que 75% dos pesquisados desejavam que o sistema de bloqueio de rastreamento de seus navegadores estivesse ativo por padrão.

A ofensiva setorial é mais estridente do que a ação contra o rastreamento. O W3C ainda não chegou nem perto de um consenso quanto ao significado desses sistemas.

No momento, isso significa que os botões de controle nos navegadores são pouco mais que adesivos cujas ações as empresas podem optar por respeitar ou ignorar.

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