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Alimentos voltam a pressionar a inflação

Prévia do IPCA avança de 0,48% para 0,65% em outubro e supera 5,5% em 12 meses

PEDRO SOARES
DO RIO

Diante do persistente choque dos preços dos alimentos, a inflação acumulada em 12 meses já superou a marca de 5,5% em outubro e tende a fechar 2012 nesse mesmo nível, com as taxas dos últimos meses do ano ainda pressionadas, de acordo com especialistas.

Divulgado ontem pelo IBGE, o IPCA-15, prévia da inflação oficial medida pelo IPCA, registrou taxa de 0,65% em outubro -0,17 ponto percentual acima do 0,48% de setembro.

Nos últimos 12 meses, o índice situou-se em 5,56%, acima dos 12 meses encerrados em setembro (5,31%).

A meta do governo é de 4,5%, com tolerância de até dois pontos percentuais.

Apesar de ainda estar dentro da meta, a inflação preocupa mais neste momento, dizem analistas, porque a economia voltar a se acelerar justamente num período de pressão dos alimentos, o que pode facilitar o repasse de aumentos de custos.

Desde meados do ano, o clima desfavorável no Brasil e em grande produtores globais de alimentos, como os EUA, pressionam as cotações internacionais.

Nesse cenário, os alimentos subiram com força em outubro -1,56%.

Sozinhos, os alimentos responderam por 57% da variação do IPCA-15 em outubro.

BATATA

Alguns importantes itens da cesta de consumo das famílias tiveram altas expressivas, como batata-inglesa, cebola, feijão, frango, óleo de soja e pão francês, na esteira do repasse de reajustes de produtos com cotações internacionais como soja e trigo.

"O grupo alimentação seguirá pressionando o índice, mas já deve apresentar alguma perda de fôlego" nos próximos meses, afirma Elson Teles, economista do Itaú-Unibanco.

O repique mais forte dos alimentos, ao lado de reajustes do grupo habitação, fez com que o IPCA-15 surpreendesse negativamente o mercado, que esperava uma taxa um pouco mais baixa.

A inflação ficou mais disseminada em outubro, com reajuste num número maior de produtos -68% dos pesquisados, de acordo com o Itaú Unibanco.

Já entre os artigos de transporte, os destaques ficaram com os aumentos de energia elétrica, taxa de água e esgoto e artigos de limpeza.

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