Mercado Religioso

Altos custos poupam animais de sacrifício em ritual muçulmano

DA REUTERS - Preços nas nuvens e preocupação com a segurança estão mantendo as facas de açougueiro nas prateleiras no Paquistão, apesar da época de sacrifícios religiosos muçulmanos -religião de 90% dos 160 milhões de paquistaneses.

Nos mercados de animais vivos das principais cidades paquistanesas, o número de compradores tem sido menor neste ano. A festa de Eid al-Adha, que começou ontem e comemora a obediência de Abrahão ao atender o pedido de Deus e levar seu filho Isaac ao sacrifício, costuma ser comemorada com a morte ritual de animais.

Os altos preços, porém, e os índices de desemprego mantiveram fechadas as carteiras de muitos paquistaneses no maior mercado de animais, na cidade de Karachi. O comerciante Gullan Bhund, que atravessou o país com seu rebanho de cabras para vendê-las durante a festa, queixa-se da falta de movimento.

"As pessoas mais pobres, ou de classe média baixa, estão chegando ao mercado e achando os animais caros demais", relata Bhund.

Muçulmanos que possuam condição financeira devem comprar um animal vivo de distribuir a maioria de sua carne aos necessitados, após o sacrifício do animal. Em geral, são usados na cerimônia animais como bezerros, cordeiros e até mesmo camelos.

O festival de Eid al-Adha marca o clímax da peregrinação, que deve ser feita ao menos uma vez na vida por todo muçulmano que tenha condições financeiras e de saúde.