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Taxa atrativa e pagamento parcelado impulsionam penhor

Modalidade é indicada para quem tem endividamento temporário; possibilidade de perda e deságio são desvantagens envolvidas

MARIA PAULA AUTRAN DE SÃO PAULO

Taxas de juros atrativas, inclusão do pagamento parcelado e melhora do poder aquisitivo do brasileiro têm feito crescer uma antiga modalidade de crédito: o penhor.

Na Caixa Econômica Federal, que tem o monopólio do serviço no Brasil, as aplicações cresceram quase 25% em 2012 ante 2011. Em 2010, a alta havia sido de 12%.

Para este ano, em que começaram a ser aceitas joias em prata, a perspectiva é de aumento de 40%.

Para Katia Maria Torres, superintendente nacional de Clientes Pessoa Física Renda Básica, a expansão do consumo pela nova classe média tem relação com a expansão.

"Se temos a população com maior condição de consumo e uma fatia comprando joias, ela pode querer tomar um empréstimo usando esses bens como garantia", diz.

Entre as vantagens da modalidade está a possibilidade de contratar o crédito mesmo com o nome sujo, ao contrário de outras opções.

Funciona assim: é preciso ter um bem de valor, como uma joia ou um relógio, que seja aceito pelo banco.

O dono leva o objeto a uma agência que faça penhor não são todas e o bem passa por uma avaliação. O empréstimo vai de 85% a 130% do valor avaliado, mas não pode ser inferior a R$ 50.

A peça fica com o banco como garantia e o cliente consegue o dinheiro. A devolução pode ser em parcela única que vai de 1 a 180 dias, com juros de 1,5% ao mês.

E o pagamento parcelado pode ser de 2 a 60 meses, com taxa de 1,7%.

Os juros atrativos são outra vantagem da opção, já que, em geral, as outras modalidades têm taxas mais altas que essas.

Na avaliação de Erasmo Vieira, consultor da Planilhar Planejamento Financeiro, o penhor é recomendado para quem está endividado, mas sabe que é temporariamente.

"A pessoa está pagando um juro de cheque especial de 5% a 8%, mas sabe que o início do ano é mais apertado e que, logo depois, as coisas começam a melhorar. Ela pode penhorar alguma coisa, cobrir a dívida toda do cheque especial ou do cartão de crédito e daqui a dois ou três meses ela resgata", diz.

O cliente pode renovar o penhor quantas vezes quiser. Após 30 dias do vencimento, se não houver quitação ou renovação, a peça pode ir a leilão. O cliente pode retirá-la do leilão até a data dele.

DESVANTAGENS

Apesar de ser menos burocrático, o penhor exige que se tenha um objeto de valor e que ele seja levado até uma agência que o aceite -o que é menos prático do que o crédito pessoal, por exemplo.

Outra desvantagem é o possível deságio na avaliação da peça, afirma o educador financeiro Mauro Calil. Os objetos são avaliados não apenas conforme o peso, mas também pelo trabalho envolvido, segundo a Caixa.

Há ainda o risco de perder uma peça que pode representar não só valor financeiro, mas sentimental também.

"Se a pessoa leva uma joia familiar e não paga, o problema não é o dinheiro, ela vai perder a harmonia da família", diz o planejador financeiro Valter Police.


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