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Mantega afirma que vai tornar regras tributárias mais rígidas
DE BRASÍLIA
A chamada "indústria do
ágio" cresceu tanto nos últimos anos que a Receita passou a tratar o assunto como
problema de Estado. O fisco
estima que o potencial de
perda de arrecadação com
essa prática seja da ordem de
R$ 37 bilhões.
Na conta do fisco, o estoque de crédito tributário a
partir do ágio em incorporações está em R$ 110 bilhões.
A redução no recolhimento de tributos é calculada
aplicando as alíquotas conjuntas de IR (25%) e CSLL
(9%) sobre o ágio -34% de
R$ 110 bilhões.
Em 2009, a cúpula do fisco
levou o tema para o ministro
Guido Mantega (Fazenda),
pedindo que a legislação fosse alterada de modo a vedar
as brechas nas quais as empresas tentam se escorar para justificar o benefício fiscal.
Por meio de sua assessoria, o ministro confirmou à
Folha que o governo estuda
o assunto e que pretende
ainda neste ano eliminar ou
tornar as regras contra o ágio
mais rígidas.
O atual comando da Receita também concorda que a
legislação sobre o tema precisa ser modificada.
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