São Paulo, domingo, 01 de agosto de 2010

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Prazo e custo favorecem pré-moldados

PDG aposta em estrutura alternativa na construção, que reduz em 30% custo com funcionários e acelera obra

Além da Jet Casa, fornecedora da Goldfarb, PDG testa, com Agre, outras formas de construção

Bruno Fernandes/Folhapress
Obra da PDG/Agre na Vila Leopoldina, em São Paulo

DE SÃO PAULO

Estruturas pré-moldadas de construção são a aposta crescente da PDG para reduzir custos com mão de obra e acelerar a entrega de obras.
Em Salvador, onde a Agre está construindo um condomínio com 1.300 apartamentos no bairro de Piatã, foi montada uma fábrica de pré-moldados em alvenaria no canteiro de obras em parceria com a construtora baiana Sertenge.
Uma espécie de "linha de produção" fabrica e une os blocos de concreto que formarão as paredes. Três gruas transportam a estrutura depois de montada, como as paredes prontas, até o andar pertinente.
"O modelo traz corte de custos de 10% a 15% em relação à alvenaria tradicional", diz Beto Horst, presidente da Agre. A companhia estuda levar o método também para Belém e Manaus.
O uso de estruturas pré-moldadas é tão estratégico para a PDG que a companhia propôs recentemente a aquisição da Jet Casa, principal fornecedora da Goldfarb, seu braço de construção para o segmento econômico.
Com três fábricas -em Campinas, Cuiabá e Goiânia-, a companhia paulista fornece a infraestrutura, baseada em tijolos simples para casas de até dois andares. O corte de custos estimado é de até 30% com mão de obra.

CLASSE MÉDIA
No segundo trimestre, o segmento econômico representou 51% das vendas da PDG, com lançamentos de até R$ 250 mil. A fatia da média renda, com valores até R$ 500 mil, fortalecida com a incorporação da Agre, representou 12%.
Entre os lançamentos econômicos da PDG, 68% custam até R$ 130 mil -são elegíveis ao programa Minha Casa, Minha Vida.
"A PDG está bem integrada, com empreendimentos desde R$ 80 mil até acima de R$ 1 milhão. Ao lado da Gafisa, da Cyrela e da Rossi, ela conquistou a capacidade de estar em todas as faixas de renda", diz Eduardo Silveira, analista do Banco Fator.
Os primeiros ganhos com a incorporação da Agre já puderam ser percebidos nos resultados preliminares do primeiro semestre. A companhia vendeu R$ 2,9 bilhões, 75,4% a mais do que no mesmo período do ano anterior.

REORGANIZAÇÃO
O endividamento da Agre, que chegou a quase 50% do seu patrimônio líquido, já não tira o sono dos gestores da PDG, que sanearam as finanças da empresa.
"Todas as nossas dívidas já foram renegociadas", afirma Horst, da Agre.
Algumas das táticas de negociação envolveram o pré-pagamento das debêntures e o uso do nome PDG para a liberação de recursos para obras da Agre, em dificuldades para obter crédito. (CF)


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