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Prazo e custo favorecem pré-moldados
PDG aposta em estrutura alternativa na construção, que reduz em 30% custo com funcionários e acelera obra
Além da Jet Casa,
fornecedora da
Goldfarb, PDG testa,
com Agre, outras
formas de construção
Bruno Fernandes/Folhapress
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Obra da PDG/Agre na Vila Leopoldina, em São Paulo
DE SÃO PAULO
Estruturas pré-moldadas
de construção são a aposta
crescente da PDG para reduzir custos com mão de obra e
acelerar a entrega de obras.
Em Salvador, onde a Agre
está construindo um condomínio com 1.300 apartamentos no bairro de Piatã, foi
montada uma fábrica de pré-moldados em alvenaria no
canteiro de obras em parceria com a construtora baiana
Sertenge.
Uma espécie de "linha de
produção" fabrica e une os
blocos de concreto que formarão as paredes. Três gruas
transportam a estrutura depois de montada, como as
paredes prontas, até o andar
pertinente.
"O modelo traz corte de
custos de 10% a 15% em relação à alvenaria tradicional",
diz Beto Horst, presidente da
Agre. A companhia estuda
levar o método também para
Belém e Manaus.
O uso de estruturas pré-moldadas é tão estratégico
para a PDG que a companhia
propôs recentemente a aquisição da Jet Casa, principal
fornecedora da Goldfarb, seu
braço de construção para o
segmento econômico.
Com três fábricas -em
Campinas, Cuiabá e Goiânia-, a companhia paulista
fornece a infraestrutura, baseada em tijolos simples para
casas de até dois andares. O
corte de custos estimado é de
até 30% com mão de obra.
CLASSE MÉDIA
No segundo trimestre, o
segmento econômico representou 51% das vendas da
PDG, com lançamentos de
até R$ 250 mil. A fatia da média renda, com valores até
R$ 500 mil, fortalecida com a
incorporação da Agre, representou 12%.
Entre os lançamentos econômicos da PDG, 68% custam até R$ 130 mil -são elegíveis ao programa Minha
Casa, Minha Vida.
"A PDG está bem integrada, com empreendimentos
desde R$ 80 mil até acima de
R$ 1 milhão. Ao lado da Gafisa, da Cyrela e da Rossi, ela
conquistou a capacidade de
estar em todas as faixas de
renda", diz Eduardo Silveira,
analista do Banco Fator.
Os primeiros ganhos com
a incorporação da Agre já puderam ser percebidos nos resultados preliminares do primeiro semestre. A companhia vendeu R$ 2,9 bilhões,
75,4% a mais do que no mesmo período do ano anterior.
REORGANIZAÇÃO
O endividamento da Agre,
que chegou a quase 50% do
seu patrimônio líquido, já
não tira o sono dos gestores
da PDG, que sanearam as finanças da empresa.
"Todas as nossas dívidas
já foram renegociadas", afirma Horst, da Agre.
Algumas das táticas de negociação envolveram o pré-pagamento das debêntures e
o uso do nome PDG para a liberação de recursos para
obras da Agre, em dificuldades para obter crédito.
(CF)
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