São Paulo, segunda-feira, 01 de agosto de 2011

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Aplicações exigem paciência do cliente

Fundos do segmento capital protegido entregam rendimento apenas após período determinado de investimento

Opções disponíveis no mercado têm, em sua maioria, um período de captação pequeno, de cerca de 45 dias

DE SÃO PAULO

Embora os fundos de capital protegido tragam a possibilidade de ganhar com diversos cenários, o investidor precisa ter paciência para aproveitar os rendimentos.
Eles têm um período de captação pequeno, de cerca de 45 dias, e depois são fechados. E, para retirar o rendimento, o investidor deve deixar o dinheiro aplicado por um tempo predeterminado, em torno de 12 a 24 meses -quando o fundo se encerra.
Alguns bancos permitem que o dinheiro seja retirado antes, durante as chamadas janelas de resgate, mas o investidor não leva o rendimento e ainda pode acabar tirando menos do que aplicou.
Isso porque, na retirada antecipada, o cliente vai retirar o dinheiro que a cota vale naquele dia no mercado financeiro, valor que nem sempre será compatível com o montante aplicado.
"É um fundo que exige um pouco de paciência. O cliente precisa realmente ter aquele recurso que pode ficar parado durante 24 meses", diz Aquiles Mosca, do Santander.
No Bradesco, único dos bancos ouvidos com estratégia distinta, o fundo fica sempre aberto para captação, mas o dinheiro só pode ser retirado a cada 63 dias. Além disso, só permite que o investidor ganhe na alta da Bolsa.
"Ele garante o principal investido e dá a opção para o cliente, em caso de alta da Bolsa, de agregar um pouco mais de resultado que a renda fixa", diz Marcos Daré, diretor de investimentos.

DESVANTAGEM
Os fundos de capital protegido também são aconselháveis apenas quando o investidor acredita que a oscilação da Bovespa ficará na faixa determinada pelo fundo.
Se, em um fundo em que o limite de alta é 40%, a Bolsa subir acima desse percentual, o investidor deixa de ganhar essa valorização.
Isso acontece porque o fundo tem mecanismos com travas para valores predeterminados. Essas travas são impostas por contratos feitos no mercado pelos gestores.
"Se a Bolsa disparar, você não ganha tudo o que a Bolsa paga, mas ganha mais que a renda fixa", diz Mauro Calil, consultor financeiro da Calil&Calil.
Ele ressalta, ainda, que esse tipo de fundo é bom para quem já tem outras aplicações em renda fixa.
"A ordem dos investimentos tem de ser: renda fixa, renda variável e, por último, imóveis", afirma.

OURO
Os bancos ainda oferecem fundos de capital protegido que aplicam em outros tipos de ativo, como ouro e outras commodities e moedas, que permitem ganhar com a variação de diversos produtos no mercado. (GIULIANA VALLONE)


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