São Paulo, quarta-feira, 01 de setembro de 2010

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Bovespa é o pior investimento de agosto

Bolsa recuou 3,5% no mês passado; ouro, tradicional refúgio em momentos de incerteza, foi o que mais se valorizou

No último pregão do mês, porém, Bolsa de SP tem resultado positivo, com alta de 1,38%; dólar recuou 0,17%

DE SÃO PAULO

Preocupado com as perspectivas da economia mundial, o investidor fugiu do risco no mês passado, o que contribuiu para que a Bolsa de Valores ocupasse a "lanterna" do ranking dos investimentos mais rentáveis.
Nesse contexto, o "termômetro" do mercado brasileiro de ações, o Ibovespa, desvalorizou-se em 3,5% no mês passado, sem perspectivas muito melhores para os próximos meses.
"Não sou muito otimista para a Bovespa no médio prazo, até porque já atingimos um patamar de preço relativamente alto", comenta o administrador de investimentos Felipe Colombo.
O dólar não "saiu do lugar" (leve alta de 0,06%) e, junto com a poupança (retorno de 0,6%) e a Bolsa, não bateu a inflação do mês (0,77%, medida pelo IGP-M).
No topo do ranking, o ouro ficou 3,6% mais caro, beneficiando-se de papel tradicional de "refúgio" em cenários de incerteza.
Já a taxa do CDB (Certificado de Depósito Bancário) teve ganho de 0,93%.
O quadro muda muito pouco no ano: em oito meses, a Bolsa amarga perdas de 5%, enquanto o dólar subiu apenas 0,80%. O ouro lidera mais uma vez, com valorização de 19%. O CDB acumulou ganho médio de 6,3%, e a poupança, de 4,5%, sem superar a inflação de 6,6% nos oito meses.

MERCADOS
Ontem, a Bovespa fechou com avanço de 1,38%, em tom mais positivo que as demais Bolsas. Em Nova York, o índice Dow Jones apresentou leve alta de 0,05%, enquanto as ações subiram 0,45% em Londres e 0,10% em Paris.
Já o valor do dólar comercial ficou em R$ 1,757, com queda de 0,17%.
Segundo profissionais das mesas de câmbio, a taxa pode se apreciar nos próximos meses, já que, historicamente, a partir de setembro, aumenta a demanda dos agentes pela moeda devido a operações para remessas de lucros, entre outras.
No pregão de hoje, investidores devem operar sob expectativa da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), cuja decisão deve ser anunciada após o fechamento da Bolsa. A expectativa do mercado é que os juros sejam mantidos em 10,75%.


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