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Bovespa é o pior investimento de agosto
Bolsa recuou 3,5% no mês passado; ouro, tradicional refúgio em momentos de incerteza, foi o que mais se valorizou
No último pregão do mês, porém, Bolsa de SP tem resultado positivo, com alta de 1,38%; dólar recuou 0,17%
DE SÃO PAULO
Preocupado com as perspectivas da economia mundial, o investidor fugiu do risco no mês passado, o que
contribuiu para que a Bolsa
de Valores ocupasse a "lanterna" do ranking dos investimentos mais rentáveis.
Nesse contexto, o "termômetro" do mercado brasileiro
de ações, o Ibovespa, desvalorizou-se em 3,5% no mês
passado, sem perspectivas
muito melhores para os próximos meses.
"Não sou muito otimista
para a Bovespa no médio
prazo, até porque já atingimos um patamar de preço relativamente alto", comenta o
administrador de investimentos Felipe Colombo.
O dólar não "saiu do lugar" (leve alta de 0,06%) e,
junto com a poupança (retorno de 0,6%) e a Bolsa, não
bateu a inflação do mês
(0,77%, medida pelo IGP-M).
No topo do ranking, o ouro
ficou 3,6% mais caro, beneficiando-se de papel tradicional de "refúgio" em cenários
de incerteza.
Já a taxa do CDB (Certificado de Depósito Bancário) teve ganho de 0,93%.
O quadro muda muito
pouco no ano: em oito meses, a Bolsa amarga perdas
de 5%, enquanto o dólar subiu apenas 0,80%. O ouro lidera mais uma vez, com valorização de 19%. O CDB acumulou ganho médio de
6,3%, e a poupança, de 4,5%,
sem superar a inflação de
6,6% nos oito meses.
MERCADOS
Ontem, a Bovespa fechou
com avanço de 1,38%, em
tom mais positivo que as demais Bolsas. Em Nova York, o
índice Dow Jones apresentou
leve alta de 0,05%, enquanto
as ações subiram 0,45% em
Londres e 0,10% em Paris.
Já o valor do dólar comercial ficou em R$ 1,757, com
queda de 0,17%.
Segundo profissionais das
mesas de câmbio, a taxa pode se apreciar nos próximos
meses, já que, historicamente, a partir de setembro, aumenta a demanda dos agentes pela moeda devido a operações para remessas de lucros, entre outras.
No pregão de hoje, investidores devem operar sob expectativa da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), cuja decisão deve
ser anunciada após o fechamento da Bolsa. A expectativa do mercado é que os juros
sejam mantidos em 10,75%.
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