São Paulo, sexta-feira, 01 de outubro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

ANÁLISE

Atuação externa mostra que empresas amadureceram

RANKING É FOTOGRAFIA DA PARTE MAIS DINÂMICA DA ECONOMIA BRASILEIRA E DO POTENCIAL PARA O DESENVOLVIMENTO DO COMÉRCIO

PEDRO GUILHERME KRAUS
ESPECIAL PARA A FOLHA

O número de empresas e produtos estrangeiros disputando espaço no mercado interno brasileiro é crescente; competir nessa nova realidade passou a ser crítico para a sobrevivência das empresas nacionais.
Atuar em nível internacional de forma mais robusta, com investimentos produtivos, é uma das alternativas para estar mais próximo de mercados consumidores, entender as diversas formas de comercialização desses mercados, ter acesso a novas fontes de capital, absorver e desenvolver tecnologias e minimizar barreiras técnicas e políticas à atuação empresarial no exterior.
No recente ranking elaborado pela Sobeet (Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica) em parceria com o jornal "Valor Econômico", "As Mais Internacionalizadas - Empresas e Setores Brasileiros Globalizados", mostra-se bastante diversificada a atuação de empresas brasileiras com ativos no exterior.
Entende-se que um caminho consistente de internacionalização de empresas brasileiras deve ser fruto de ações profissionais planejadas e voltadas ao aumento do comprometimento da empresa em suas operações internacionais e que há possibilidades de sucesso reduzidas para ações amadoras ou frutos do acaso no mercado internacional.
Nesse particular, o ranking apresenta o amadurecimento e a internacionalização de empresas brasileiras que, mesmo que tardiamente, estão sabendo em um só tempo ampliar seus negócios internamente no mercado interno, um dos que mais crescem no mundo, superar a crise ocorrida em 2008 e 2009 no mercado internacional e posicionar-se de forma mais competitiva e diversificada.
A lista mostra a atuação de empresas brasileiras com ativos no exterior, que vai da comercialização de itens mais comuns, como alimentos e bebidas, a autopeças, metal-mecânica, serviços de engenharia, construção pesada e de conhecimento agregado em tecnologia da informação, serviços bancários e serviços de transporte.
Em suma, o ranking é uma fotografia da parte mais dinâmica da economia brasileira atual e de seu potencial para o desenvolvimento de negócios internacionais.
Um dos aspectos esperados com a crescente exposição das empresas brasileiras é o aumento das transações comerciais intraempresa, com reflexos positivos na balança comercial e na imagem do país em nível mundial.


PEDRO GUILHERME KRAUS é professor de marketing internacional e comércio exterior da Fundação Getulio Vargas.


Texto Anterior: Odebrecht é a mais internacionalizada
Próximo Texto: Banco Central reduz previsões de inflação
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.