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ANÁLISE
Atuação externa mostra que empresas amadureceram
RANKING É FOTOGRAFIA DA PARTE MAIS DINÂMICA DA ECONOMIA BRASILEIRA E DO POTENCIAL PARA O DESENVOLVIMENTO DO COMÉRCIO
PEDRO GUILHERME KRAUS
ESPECIAL PARA A FOLHA
O número de empresas e
produtos estrangeiros disputando espaço no mercado interno brasileiro é crescente;
competir nessa nova realidade passou a ser crítico para a
sobrevivência das empresas
nacionais.
Atuar em nível internacional de forma mais robusta,
com investimentos produtivos, é uma das alternativas
para estar mais próximo de
mercados consumidores, entender as diversas formas de
comercialização desses mercados, ter acesso a novas fontes de capital, absorver e desenvolver tecnologias e minimizar barreiras técnicas e políticas à atuação empresarial
no exterior.
No recente ranking elaborado pela Sobeet (Sociedade
Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da
Globalização Econômica) em
parceria com o jornal "Valor
Econômico", "As Mais Internacionalizadas - Empresas e
Setores Brasileiros Globalizados", mostra-se bastante diversificada a atuação de empresas brasileiras com ativos
no exterior.
Entende-se que um caminho consistente de internacionalização de empresas
brasileiras deve ser fruto de
ações profissionais planejadas e voltadas ao aumento do
comprometimento da empresa em suas operações internacionais e que há possibilidades de sucesso reduzidas para ações amadoras ou
frutos do acaso no mercado
internacional.
Nesse particular, o ranking apresenta o amadurecimento e a internacionalização de empresas brasileiras
que, mesmo que tardiamente, estão sabendo em um só
tempo ampliar seus negócios
internamente no mercado interno, um dos que mais crescem no mundo, superar a crise ocorrida em 2008 e 2009
no mercado internacional e
posicionar-se de forma mais
competitiva e diversificada.
A lista mostra a atuação de
empresas brasileiras com ativos no exterior, que vai da comercialização de itens mais
comuns, como alimentos e
bebidas, a autopeças, metal-mecânica, serviços de engenharia, construção pesada e
de conhecimento agregado
em tecnologia da informação, serviços bancários e serviços de transporte.
Em suma, o ranking é uma
fotografia da parte mais dinâmica da economia brasileira atual e de seu potencial
para o desenvolvimento de
negócios internacionais.
Um dos aspectos esperados com a crescente exposição das empresas brasileiras
é o aumento das transações
comerciais intraempresa,
com reflexos positivos na balança comercial e na imagem
do país em nível mundial.
PEDRO GUILHERME KRAUS é professor de
marketing internacional e comércio
exterior da Fundação Getulio Vargas.
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