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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Fatia da TAM é maior no setor corporativo
A disputa entre TAM e Gol
por liderança no mercado doméstico está longe de se repetir no segmento corporativo.
Elas dividem o mercado geral com 42,2% e 40,69% respectivamente, mas dentre os
clientes empresariais, a TAM
tem 46,99% da preferência, e
a Gol, 36,65%.
Os dados sobre gastos com
viagens corporativas são de
estudo da Abracorp (associação de agências) relativo ao
primeiro semestre.
A entidade, criada no início do ano, reúne 27 agências
que atendem grandes empresas e que representam 45%
do segmento de viagens corporativas. Juntas, venderam
R$ 3,35 milhões em passagens, hotéis e outros produtos no primeiro semestre.
De todas as viagens realizadas no Brasil, de 75% a 80%
são a negócios.
Em terceiro lugar na preferência das empresas, vem a
Azul (4,25%). Como proporção à oferta de assentos, dentre as menores, o destaque é
para a Avianca e para a Trip,
que exibem uma participação
no mercado corporativo superior a sua participação no
mercado total. "Avianca e
Trip estão atraindo as empresas", diz Faustino Pereira,
presidente da Abracorp.
Os destinos mais vendidos
pelas agências são Rio, Brasília e São Paulo, no doméstico,
e Buenos Aires, Paris e Nova
York no internacional. Nas
viagens ao exterior, a TAM
tem 25% da oferta de assentos
no mercado internacional a
partir do Brasil e 18,8% de
participação na venda de associadas Abracorp.
DEZ ANOS DE EMPREENDEDORISMO
"DESAFIOS MUDAM"
Fábio Barbosa, presidente
do Santander, destaca na Endeavor o apoio a iniciativas
que vão se sustentar, gerar
renda e criar empregos.
"Vemos empreededores
com boas ideias que se materializam, mas à medida que
as empresas crescem, os desafios são diferentes do momento de formação da empresa", diz.
Com foco na transparência
e em contas auditadas, mesmo os pequenos mostram
que empresas podem ser
saudáveis e cumprir obrigações tributárias, afirma.
Além de propostas para
negócios, o tema entra nas
conversas que empreendedores têm com conselheiros,
como Barbosa. As empresas
querem apoiar outras iniciativas de boa governança e
contas auditadas, observa.
O curioso é, segundo Barbosa, que se viu alta de projetos que atuam para a classe
média. "É reflexo do que
acontece no país, com maior
crescimento da classe C."
MÃOS À OBRA
Em 2000, quando a palavra empreendedorismo era
pouco conhecida no Brasil,
a Endeavor iniciou operações no país. Apoiava três
empreendedores que empregavam menos de cem
pessoas, com a ajuda de
poucas grandes empresas
que davam conselhos. Chega aos dez anos com apoio a
91 empreendedores de vários segmentos, que em
2009 geraram mais de R$ 2
bilhões em receita, com
mais de 20 mil empregos. O
Instituto Empreender Endeavor foi criado com a Endeavor Initiative, organização internacional que promove empreendedorismo.
"O tema hoje está na agenda
da população", diz Rodrigo
Teles, presidente.
"ORGANIZAÇÃO É ÍMPAR"
"Endeavor é uma ONG
de organização ímpar,
conduzida por jovens determinados e muito preparados", afirma Pedro Passos, um dos presidentes
do conselho de administração e um dos fundadores da Natura.
"É gostoso poder colaborar. Tem uma rede de
voluntários muito significativa e uma seleção de
projetos muito rigorosa e
competitiva."
Oferece, porém, oportunidade a todos, diz. "Ajudamos na preparação dos
candidatos na seleção.
Buscamos entender o negócio, as influências..."
Às vezes algumas pessoas saem do processo para se candidatar depois,
mais fortalecidas.
Muitas empresas podem aprender como identificar um empreendedor,
diz Passos, que dá dicas a
quem seleciona: "identificar a energia, o brilho, a
capacidade de liderar."
Na Colômbia A Braskem
inaugura, na próxima quinta-feira, seu escritório na Colômbia. Até o final deste ano, a
empresa também abrirá uma
unidade em Lima, no Peru,
onde planeja produzir polietileno, e em Cingapura.
Novo visual A C&A fechará para reforma hoje sua
loja no Shopping Iguatemi,
em São Paulo. A unidade será
reaberta com conceito de
"flagship", diferente das demais lojas da marca no mundo. Será inaugurada no dia 21.
Participação em grupo que estuda acidentes é alvo de discussão
O Gepac (Grupo de Estudos Permanentes de Acidentes de Consumo), da Secretaria de Direito Econômico, ganhou três novos membros
em setembro: Anvisa, Inmetro e Denatran.
O grupo, porém, não abriu
cadeira para fabricantes de
produtos, o que é questionado por alguns juristas.
"Sem essa participação,
surgem diretrizes contrárias
às possibilidades técnicas
das empresas", diz Ricardo
Motta, do Viseu Advogados.
A limitação dos membros
do grupo aos órgãos do governo, porém, é adequada
para Maria Helena Bragaglia,
do Demarest e Almeida.
"O objetivo é identificar os
problemas e impedir que se
mantenham. Isso não significa que não haja diálogo", diz.
A competência do grupo é
alcançada com a ajuda dos
órgãos técnicos, segundo
Amaury Oliva, coordenador
do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor
da Secretaria.
A participação dos fabricantes, para Maximilian Paschoal, do Pinheiro Neto, enriquece a discussão e não afeta
a isenção das decisões. "Eles
fornecem dados técnicos,
que faltam ao governo."
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, FLÁVIA MARCONDES e MARIANA BARBOSA
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