São Paulo, sexta-feira, 03 de dezembro de 2010

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Gabrielli sugere encontrar "meio-termo"

MARIA CLARA CABRAL
DE BRASÍLIA
GUSTAVO HENNEMANN
DE BUENOS AIRES

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, defendeu ontem uma divisão mais equânime dos royalties do pré-sal, com Estados não produtores recebendo uma compensação financeira.
Na opinião do executivo, não é ideal o modelo que privilegia somente as unidades da Federação que produzem petróleo em sua costa.
O dirigente, no entanto, rejeitou a proposta aprovada ontem pela Câmara dos Deputados que divide os royalties da commodity entre todos os Estados.
"Para a Petrobras, é indiferente, pois teremos que pagar os royalties da mesma forma. Mas eu, como pessoa física, acredito que, como está, é inadequado", disse o presidente da estatal.
"Precisamos achar uma solução, um meio-termo. Não é justo que Estados com exploração recebam a mesma coisa do que os que não têm nada a ver com o pré-sal", afirmou.
O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), disse ter certeza de que Lula vetará a nova distribuição de royalties. "O presidente Lula já garantiu que vai vetar. E eu confio no presidente", afirmou em Buenos Aires, onde participou da inauguração de uma unidade de saúde.
Segundo Cabral, foi feito um acordo para compensar o fim da participação especial.
"Vamos redesenhar o percentual dos royalties de maneira que todos os Estados recebam, mas que o percentual do Rio aumente, de forma que compense a perda da participação especial. O Rio não ganha mais, mas deixa de perder. Um acordo bom para todos os lados."

PARTILHA
Gabrielli elogiou a aprovação na mudança do modelo de exploração, de concessão para partilha.
"Sempre fui um dos defensores dessa proposta", disse.
Pelo texto, que segue para sanção do presidente, o novo modelo de partilha será aplicado na área do pré-sal que ainda não foi leiloada, que equivale a dois terços das reservas já descobertas.
O governo passará a receber parte da produção em óleo e a Petrobras participará de todos os consórcios com no mínimo 30% e será a única operadora das reservas.
O presidente da Petrobras não soube responder quando as licitações terão início.


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