São Paulo, sexta-feira, 03 de dezembro de 2010

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Mexicano Salinas negocia compra do Baú

Negociação para a compra da rede de lojas do grupo Silvio Santos está sendo intermediada por Delfim Netto

No Brasil, grupo de bilionário já é dono da rede Elektra, que tem 30 lojas no Nordeste e planeja chegar a 150

MARIANA BARBOSA
DE SÃO PAULO

O bilionário mexicano Ricardo Salinas, dono da rede de eletrodoméstico Elektra e do banco Azteca, fez uma oferta para comprar a rede de Lojas do Baú, do Grupo Silvio Santos.
A Folha apurou que a oferta foi feita ontem, em uma negociação que está sendo intermediada pelo ex-ministro Delfim Netto.
Oficialmente, o Grupo Silvio Santos declarou que existem "vários grupos interessados nas redes do Baú". "Porém, ainda não recebemos nenhuma oferta oficial", disse o grupo.
Desde a revelação do rombo de R$ 2,5 bilhões no banco PanAmericano, Silvio Santos tenta estancar perdas em outras empresas do grupo.
A rede Lojas do Baú foi inaugurada em 2006, aproveitando a marca do famoso carnê do Baú da Felicidade. Hoje são 127 lojas, em São Paulo, Minas e Paraná.
O rápido crescimento foi impulsionado pela compra de cem lojas da rede paranaense Dudony, que estava em recuperação judicial.
O Grupo SS pagou R$ 30 milhões e a intenção era adquirir a empresa sem as dívidas, que somam R$ 250 milhões.
Em março, porém, a Justiça do Paraná, em decisão de primeira instância, declarou que o Baú deveria herdar as dívidas.
A rede Elektra está no Brasil desde 2007, com quase 30 lojas em Pernambuco. Em cada loja há uma agência do banco Azteca.
Amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Salinas é o segundo homem mais rico do México. Ele decidiu entrar no mercado brasileiro pelo Nordeste atendendo a um pedido de Lula e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Para 2011, os planos do grupo são de chegar a 150 lojas, em todos os Estados do Nordeste. Uma eventual aquisição do Baú anteciparia a chegada do grupo ao Sudeste.
Em 2009, a rede Elektra enfrentou problemas com o Procon de Pernambuco, após denúncias de que a empresa fazia uso de violência física para cobrar parcelas em atraso. Por meio de sua assessoria no Brasil, o grupo diz que o executivo responsável pela prática foi demitido e que a empresa assinou um termo de ajuste de conduta com o Procon.


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