São Paulo, sexta-feira, 04 de fevereiro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Empresas correm para ter aplicativos em tablets

Itaú, Bovespa e Amil criam programas; há 100 mil iPads e Galaxy no país

Dez produtores faturam R$ 50 milhões em menos de um ano; produção supera a de celular com internet

CAMILA FUSCO
DE SÃO PAULO

Menos de um ano após o lançamento do iPad -e dois meses após a chegada do aparelho ao Brasil-, os aplicativos já representam uma indústria que movimenta R$ 50 milhões por ano.
Segundo a Folha apurou, o número abrange desde os aplicativos para consumidores finais colocados nas lojas Android Market, do Google, e App Store, da Apple, até programas encomendados por empresas para uso interno.
Entre os aplicativos corporativos estão software para automação de vendas, programas de cadastro de estoques, de relacionamento com clientes e fornecedores.
De acordo com o mercado, companhias já chegam a gastar R$ 3 milhões em um só projeto. Entre as iniciativas mais expressivas está o aplicativo da BM&FBovespa.
Na dianteira da "economia dos aplicativos" estão dez principais empresas brasileiras de desenvolvimento, como Hands, Fingertips, Gol Mobile e Digital Pages, que fez o aplicativo de navegação no iPad para a Folha.

INTERATIVIDADE
As companhias buscam abastecer, principalmente, os 100 mil tablets que já estão em circulação no país, segundo estimativas preliminares da consultoria IDC Brasil. No mundo, são 17 milhões de tablets.
"O mercado de aplicativos para tablets avançou muito mais rápido do que o de smartphones. Quando os tablets chegaram, as empresas já conheciam os aplicativos e a interatividade possível com conexão à internet 3G", diz Alex Pinheiro, presidente da Hands Mobile.
A empresa, sediada no Rio e controlada pelo fundo Ideiasnet, tem na carteira de clientes projetos como os quatro aplicativos do banco Itaú (encabeçados pelo projeto do Itaú Personnalité) e a Universidade Estácio.
A desenvolvedora paulista Fingertips, que nasceu com base nos aplicativos para iPhone, passou a ter seus negócios fincados no iPad.
Entre as encomendas estão projetos corporativos para a operadora de saúde Amil e a rede de lojas Farm.
"Até o meio do ano passado, 25% dos projetos eram para iPad. Esse número mais do que duplicou atualmente", diz Breno Masi, diretor de marketing da Fingertips.
No mundo, estima-se que o mercado de aplicativos para tablet atingiu US$ 180 milhões em 2010, sem contar projetos corporativos.
A previsão para 2015 é que essa indústria movimente US$ 8 bilhões. No mundo, a venda de tablets superou a de leitores digitais, como o Kindle, no ano passado.


Texto Anterior: Cotações/Ontem
Próximo Texto: Web cresce mais em tablet que em celular
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.