São Paulo, segunda-feira, 04 de outubro de 2010

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"Qualquer um pode ficar rico com a Bolsa"

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Todo imbecil é capaz de ver gráficos com eficiência." Dessa maneira, Odir Aguiar, o Didi, resume a vantagem da análise gráfica.
Ele é conhecido por ter descoberto a "agulhada do Didi", um método de antecipar tendências a partir da observação de três médias móveis colocadas em gráfico.
Didi defende que "qualquer um pode ficar rico com a Bolsa", basta praticar. "Precisa separar uma quantia pequena do dinheiro e operar.
No começo é só para aprender, depois é para ganhar."
Apesar de dizer que a convivência é harmoniosa, Didi não poupa críticas aos fundamentalistas. De acordo com ele, "os balanços são todos escamoteados" e "é impossível entender com profundidade vários setores ao mesmo tempo".
Abaixo, ele responde a questões do analista fundamentalista William Alves.

 

Alves - Como quem não tem tempo para acompanhar o mercado pode usar gráficos?
Didi -
Basta acompanhar os gráficos num tempo maior. Quando aumenta o tempo, também aumenta o perfil de operação.

Como se precaver de comprar empresas em situação financeira deplorável?
Os participantes, incluindo os fundamentalistas, impregnam o mercado com pequenos vetores. Temos então impressões gráficas de todas as informações. Os gráficos leem o vetor resultante. Embora não saibamos quem está fazendo o movimento, ou por que, sabemos o que está acontecendo, e isto é o que interessa.

Como analisar uma empresa com pouca liquidez?
É impossível, assim como em novos lançamentos. Gráficos são ferramentas para operações. Desaconselho papéis com baixa liquidez, seja a indicação técnica ou fundamentalista. O grafista não quer entender, quer ganhar.

A teoria grafista se baseia na hipótese de mercados eficientes. Como agir, se nem todas as informações se encontram num gráfico?
Não acho que se baseie em hipóteses, é muito mais uma verificação estatística. Também usamos fórmulas, só que as enxergamos em gráficos, não em índices. A análise técnica mostra para onde o mercado vai, e não para onde deveria ir. Os movimentos de mercado sofrem muito mais influência das ciências humanas do que das ciências exatas. (GC)


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