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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Setor de energia importa da China para fugir de preço alto
Na busca por redução de
custos para geração de energia, dada a queda do preço final do megawatt, cresce o
número de empresas que estudam a importação de equipamentos da China.
Empresários do setor reclamam do preço cobrado
por fabricantes nacionais.
A Itacá Energia, que gera e
comercializa energia, além
de fazer equipamentos de
média tensão, tornou-se sócia de um empresário chinês
e passou a importar máquinas daquele país.
"Sempre utilizei equipamentos nacionais, mas em
setembro passado nacionalizei a primeira turbina hidráulica para geração de energia
da China", conta Carlos Sampaio, sócio-diretor da Itacá
Energia. "É a primeira turbina chinesa no Brasil", diz ele.
De olho no mercado crescente, o engenheiro já encomendou outras 22 turbinas
do fabricante chinês ao qual
se associou.
"Já são 37 as empresas que
nos procuraram para cotar
preços, interessadas em importar também", diz Sampaio. O valor das turbinas varia conforme o tamanho, de
R$ 700 mil a R$ 12 milhões.
A empresa importou também um conjunto gerador
para eólicas que, segundo
Sampaio, também é inédito
no mercado brasileiro.
"O custo da turbina chinesa é 170% menor que a nacional e o preço do conjunto eólico é 120% inferior ao similar
nacional, sendo que a qualidade é muito superior. Isso
viabiliza empreendimentos,
mesmo com os preços dos últimos leilões", afirma.
Auditores da Receita protestam hoje contra norma de sigilo fiscal
Hoje, os auditores fiscais
da Receita Federal não vão
acessar os sistemas informatizados com os quais trabalham como forma de protesto
contra a medida provisória
507, editada no mês passado.
Um dia sem acesso ao sistema significa perda de R$ 92
milhões para a União, segundo o Sindifisco Nacional (sindicato dos auditores).
A norma institui sanções
para combater a violação de
sigilo fiscal, mas compromete o exercício da profissão e o
combate à sonegação, segundo a entidade.
"Temos de reprimir somente o vazamento. É inerente ao cargo de auditor
acessar os dados para investigar e ele não deve ser punido por isso", diz Kurt Krause,
diretor da entidade.
Em 2009, os autos de infração emitidos pelo órgão totalizaram R$ 35 bilhões, dos
quais 70% foram pagos.
PÁREO DO RODOANEL
Devem participar do leilão
de concessão dos trechos sul
e leste do Rodoanel, que será
realizado hoje pelo governo
paulista, as empresas OHL e
Bertin de um lado, e a OAS
com a Odebrecht de outro.
Do grupo formado com a
OAS, a CCR pretendia participar, mas pode desistir.
Nenhuma das empresas
confirma a participação.
A construção do trecho
leste tem investimento de
R$ 4 bilhões. Ao longo dos 35
anos de concessão os investimentos somarão R$ 5 bilhões
em ambos os trechos.
A Artesp (agência dos
transportes de SP) também
não confirma os nomes das
empresas. Informa apenas
que a sessão pública para a
abertura dos envelopes com
as propostas dos licitantes
ocorrerá hoje.
A menor tarifa de pedágio
será o critério adotado para a
seleção do vencedor.
Serão considerados os tetos de R$ 6 para o trecho sul e
de R$ 4,50 para o leste.
Na calculadora Em dez
anos de operação, a Bolsa Eletrônica de Compras da Secretaria da Fazenda de São Paulo
movimentou R$ 6,9 bilhões em compras realizadas a preços médios 25% menores. A
economia é de R$ 2,06 bilhões aos cofres públicos.
Nomeado Robertson
Emerenciano, sócio do escritório Emerenciano, Baggio e Associados assumiu em outubro
a presidência do Lawrope, associação que atua em 19 países. Ele fica à frente da instituição pelos próximos dois anos.
Missão... O Brasil recebe
este mês a segunda Missão Comercial da Irlanda, conduzida
pela Enterprise Ireland, agência governamental de fomento do país. O grupo, que reúne
empresas de diversos setores, terá reuniões em São Paulo e no Rio de Janeiro.
...à vista No Rio, o foco será a busca por parcerias para a Olimpíada de 2016 e há expectativa de que contratos sejam
fechados. Acompanha a missão o ministro para Empreendimentos, Comércio e Inovação da Irlanda, Batt O'Keefe.
PÃOZINHO MAIS CARO
O preço do pão francês e
dos demais panificados subiu 2,55% em setembro, segundo o IPV, da Fecomercio
SP. Foi a 11ª alta consecutiva.
O encarecimento do pãozinho se deve, principalmente,
ao fato de o Brasil não produzir trigo suficiente para suprir a demanda interna, tendo de importá-lo, segundo
Julia Ximenes, assessora econômica da Fecomercio SP.
"Além disso, a Rússia,
principal exportador mundial de trigo, está passando
por uma seca, o que fez o país
suspender as vendas."
SELO SEGURO
A Hanesbrands, fabricante da cueca Zorba, e a
SBU (Sociedade Brasileira
de Urologia) se unem em
uma campanha nacional
pró-saúde masculina.
A partir deste mês, a embalagem da cueca comercializada no país terá um
selo social que chamará a
atenção para o assunto.
"No início, 5 milhões de
unidades terão o selo. Como cada embalagem é vista por três pessoas em média, a expectativa é que a
campanha atinja 15 milhões de pessoas", diz Osvaldo Cordon, presidente
da Hanesbrands no Brasil.
A empresa não espera
retorno financeiro com a
campanha. "É uma ação
de responsabilidade social da marca", diz ele.
A meta da SBU é conscientizar o homem da importância da prevenção.
"Está aumentando o
número de homens que
vão ao consultório na faixa dos 30, 35 anos, porém,
na maioria das vezes, recomendados pela mulher.
Ainda é difícil conscientizá-lo", diz o médico João
Hipólito Pous, secretário-geral da organização.
INFLAÇÃO
2,55%
foi a alta do preço do pão francês e dos demais panificados em setembro, segundo o IPV
4,53%
foi o aumento dos preços dos panificados vendidos em supermercados em setembro, a quinta elevação consecutiva, segundo a Fecomercio SP
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e FLÁVIA MARCONDES e JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
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