São Paulo, quinta-feira, 04 de novembro de 2010

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Crédito forte impulsiona lucro do Itaú

Ganho sobe 33,7% e chega a R$ 3 bi, melhor resultado entre os bancos privados que já divulgaram balanço

Gastos com absorção do Unibanco impedem lucro maior; queda na inadimplência também ajuda no resultado

DE SÃO PAULO

Segundo maior banco brasileiro, o Itaú Unibanco fechou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 3,03 bilhões, resultado 33,7% superior ao apurado no mesmo período do ano passado.
Como nos demais bancos, o resultado se deve à forte expansão do crédito aliada à queda nos índices de inadimplência e na necessidade de fazer provisões contra calote.
Mesmo concluindo a fusão da rede de agências, o Itaú teve o maior ganho do setor no trimestre. O Bradesco teve lucro de R$ 2,52 bilhões, e o Santander, de R$ 1,93 bilhão.
Para absorver a rede do Unibanco, o Itaú teve despesas neste ano de mais de R$ 1 bilhão. Só no terceiro trimestre, esses gastos somaram R$ 406 milhões, corroendo o lucro no período.
Segundo Rogerio Calderón, diretor do Itaú, excluídas as despesas com a integração, o lucro recorrente (sem efeitos extraordinários) saltaria de R$ 3,2 bilhões para R$ 3,4 bilhões, e o retorno para o acionista teria passado de 22,5% para 24,5%.
"As despesas estão lá e foram redutoras do resultado mesmo, mas não têm um teor recorrente", disse.
O banco acelerou a conversão de agências do Unibanco em unidades do Itaú entre julho e setembro, concluindo a fusão das redes no dia 24 de outubro, pouco menos de dois anos após o anúncio da fusão. No total, 998 agências e 245 postos do antigo Unibanco foram reformados e integrados às 3.900 unidades do Itaú.
"No começo, imaginávamos que esse processo de migração iria até o final do ano. Conseguimos antecipar e uma parte das despesas que cairia no quarto trimestre ficou no terceiro trimestre."
O banco foi criticado por nunca ter apresentado sua estimativa de ganho de sinergias na fusão, como fizera o concorrente Santander na integração com o Real.
Itaú e Unibanco tinham despesas anuais de R$ 30 bilhões há dois anos, quando a fusão foi anunciada. Dois anos depois, as despesas seguem em R$ 30 bilhões, mas incluem a inflação e a expansão da rede. "Dá para ter uma ideia dos ganhos."
(TONI SCIARRETTA)


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