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Crédito forte impulsiona lucro do Itaú
Ganho sobe 33,7% e chega a R$ 3 bi, melhor resultado entre os bancos privados que já divulgaram balanço
Gastos com absorção
do Unibanco impedem
lucro maior; queda na
inadimplência também
ajuda no resultado
DE SÃO PAULO
Segundo maior banco brasileiro, o Itaú Unibanco fechou o terceiro trimestre com
lucro líquido de R$ 3,03 bilhões, resultado 33,7% superior ao apurado no mesmo
período do ano passado.
Como nos demais bancos,
o resultado se deve à forte expansão do crédito aliada à
queda nos índices de inadimplência e na necessidade de
fazer provisões contra calote.
Mesmo concluindo a fusão
da rede de agências, o Itaú teve o maior ganho do setor no
trimestre. O Bradesco teve lucro de R$ 2,52 bilhões, e o
Santander, de R$ 1,93 bilhão.
Para absorver a rede do
Unibanco, o Itaú teve despesas neste ano de mais de R$ 1
bilhão. Só no terceiro trimestre, esses gastos somaram
R$ 406 milhões, corroendo o
lucro no período.
Segundo Rogerio Calderón, diretor do Itaú, excluídas as despesas com a integração, o lucro recorrente
(sem efeitos extraordinários)
saltaria de R$ 3,2 bilhões para R$ 3,4 bilhões, e o retorno
para o acionista teria passado de 22,5% para 24,5%.
"As despesas estão lá e foram redutoras do resultado
mesmo, mas não têm um teor
recorrente", disse.
O banco acelerou a conversão de agências do Unibanco em unidades do Itaú
entre julho e setembro, concluindo a fusão das redes no
dia 24 de outubro, pouco menos de dois anos após o
anúncio da fusão. No total,
998 agências e 245 postos do
antigo Unibanco foram reformados e integrados às 3.900
unidades do Itaú.
"No começo, imaginávamos que esse processo de migração iria até o final do ano.
Conseguimos antecipar e
uma parte das despesas que
cairia no quarto trimestre ficou no terceiro trimestre."
O banco foi criticado por
nunca ter apresentado sua
estimativa de ganho de sinergias na fusão, como fizera o
concorrente Santander na integração com o Real.
Itaú e Unibanco tinham
despesas anuais de R$ 30 bilhões há dois anos, quando a
fusão foi anunciada. Dois
anos depois, as despesas seguem em R$ 30 bilhões, mas
incluem a inflação e a expansão da rede. "Dá para ter uma
ideia dos ganhos."
(TONI SCIARRETTA)
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