São Paulo, terça-feira, 05 de abril de 2011

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Emergentes puxam avanço de 10,6% na publicidade em 2010

Com alta de 21%, AL tem 2ª maior expansão global, aponta Nielsen; retomada econômica e Copa impulsionam setor

Com aumento de 5,6%, EUA se recuperam da retração de 9% em 2009; no geral, jornais têm expansão de 7%

ÁLVARO FAGUNDES
DE NOVA YORK

O setor de publicidade cresceu 10,6% no mundo em 2010, recuperando-se com a retomada da economia global e com a Copa do Mundo, segundo levantamento divulgado ontem pela Nielsen.
A pesquisa mostra que a publicidade segue os mesmos rumos do restante da economia global: os países emergentes estão no banco da frente da recuperação, enquanto as economias ricas ainda patinam.
A América Latina, por exemplo, teve a segunda maior expansão (21,2% ante 2009), ficando atrás apenas da África e do Oriente Médio.
"2010 foi o ano da recuperação da indústria da publicidade", afirmou Randall Beard, chefe global de Soluções Publicitárias da Nielsen, em comunicado.
"Do total, 23 dos 27 mercados tiveram crescimento de dois dígitos no ano passado, em claro sinal de que os anunciantes reconquistaram a confiança em gastar de novo, após um 2009 fraco, em que todas as regiões, com exceção da Ásia Pacífico, tiveram queda nos gastos."
A expectativa da Nielsen é que os emergentes continuem a liderar o avanço do setor publicitário neste ano.
O crescimento abaixo da média global ficou concentrado nos países desenvolvidos, como EUA, Europa e Japão, não por acaso os que estão sofrendo mais para recuperar as perdas da crise que virou global em 2008.
Maior mercado de publicidade do mundo, os EUA tiveram um dos menores crescimentos do setor em 2010: 5,6%. Ainda assim, o resultado foi recebido com entusiasmo, já que o setor havia encolhido 9% em 2009.
Japão e Espanha também conviveram com uma expansão bem abaixo da média. Enquanto os japoneses avançaram 1,3%, os espanhóis (que têm uma das maiores taxas de desemprego da UE) se expandiram em 0,4%.
Dos mercados analisados pela Nielsen, apenas os Emirados Árabes Unidos -que tiveram a crise de Dubai em 2010- registraram retração nos gastos ante 2009.

SETORES
O estudo mostra ainda que a publicidade na mídia chamada tradicional cresceu em 2010, puxada pela TV, com alta de 13,1%. Os jornais tiveram expansão de 7%.
Na hora de analisar os segmentos que mais se expandiram em 2010, as marcas da crise também são notadas.
Os setores que mais aumentaram os gastos estão entre os que mais sofreram com a crise e que tiveram que frear fortemente seu investimento em publicidade.
A maior expansão foi registrada pelo setor automotivo, seguido pelo financeiro. Boa parte dos dois segmentos foi resgatada por governos em 2008 e 2009, mas vários bancos e montadoras já pagaram suas dívidas com o Estado e voltaram a investir em publicidade.


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