São Paulo, terça-feira, 05 de abril de 2011

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Fusões e aquisições crescem 55% no 1º tri

Nos últimos dois dias, foram anunciados US$ 27 bilhões em negócios; para analistas, tendência é de recuperação

Para banqueiros, hora é de cautela, mas acordos devem se acelerar devido aos maiores ganhos das empresas

GUILHERME CHAMMAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em um sinal de que as empresas parecem estar deixando para trás os piores momentos de crise, apenas nos dois últimos dias aquisições movimentaram cerca de US$ 27 bilhões.
No domingo, a empresa de mídia Vivendi comprou o restante das ações que faltavam para ter o controle total da SFR, operadora francesa de telefonia móvel.
Ontem, a Pfizer anunciou a venda da produtora de cápsulas Capsugel ao fundo de investimentos KKR; o grupo químico belga Solvay comprou a farmacêutica Rhodia; e, na área de tecnologia, a Texas Instruments adquiriu a National Semiconductor e o fundo Apax Partners comprou a Epicor e a Activant, fabricantes de softwares empresariais.
Além dos negócios fechados, ontem a mineradora chinesa Minmetals ofereceu US$ 6,5 bilhões pela produtora de cobre Equinox, e o Google, US$ 900 milhões por patentes da empresa de telecomunicações Nortel.
Em fórum da Reuters, banqueiros disseram que o momento é de cautela, mas os negócios devem se acelerar devido à recuperação dos ganhos das empresas.
"Acredito que temos três ou quatro anos de bons negócios de fusões e aquisições pela frente. Mas isso vai depender da continuidade do crescimento do PIB, da força do mercado de capitais e dos eventos internacionais", afirma Adrian Mee diretor da área de fusões e aquisições (M&A) do Bank of America Merrill Lynch.
Apenas no primeiro trimestre deste ano, as fusões e aquisições no mundo movimentaram US$ 800 bilhões, 55% a mais do que no mesmo período do ano passado.
Por outro lado, os recentes desastres naturais, a fragilidade da recuperação econômica em alguns locais e os tumultos políticos nos países árabes podem impedir uma recuperação mais robusta.
Para Matthew Ponsonby, um dos diretores do Barclays da área de M&A na Europa, muitas companhias protelam decisões de compra devido ao cenário de incerteza em alguns países, como Japão, Grécia e Portugal. "É muito difícil puxar o gatilho", afirma.

Com a Reuters


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