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OUTRO LADO
Empresas contestam decisão do ministério
DIMITRI DO VALLE
DE CURITIBA
MAURÍCIO SIMIONATO
DE CAMPINAS
As empresas contestaram
a decisão do Ministério da
Agricultura de impor restrições à venda de aves.
A Brasil Foods apresentou
recurso contestando o resultado da análise que, segundo
o governo, detectou presença de água em produtos da
empresa acima do permitido.
"A BRF entende que as imposições não possuem lastro
legal e questiona os critérios
técnico-científicos da metodologia adotada para essas
avaliações", disse, em nota.
A Copacol informou que
nas vistorias "não foram
constatadas irregularidades
nas amostras das análises
realizadas com relação à
quantidade de água resultante do descongelamento".
Segundo a empresa, suas
vendas foram mantidas normalmente, "sem ter passado
por interrupção".
O diretor administrativo-financeiro da Rigor Alimentos Ltda., Carlos Lima, também negou irregularidades.
Segundo Lima, as análises
não constataram o excesso e
a produção não foi interrompida após a fiscalização inicial do ministério.
Nelmon Costa, diretor do
ministério, admite que a avaliação para esse tipo de corte
de aves não consiste em uma
análise de perícia técnica.
"Admitimos que a análise
não tem precisão científica e
por isso nossos critérios não
são extremamente rigorosos." Segundo ele, uma equipe do ministério vem desenvolvendo uma técnica que
utilize critérios para tornar a
avaliação mais precisa.
Colaborou TATIANA FREITAS,
de São Paulo
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