|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
FOCO
Projetos culturais viram negócio rentável para ator
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
De origem humilde, Max
Muratório de Macedo ainda
não tinha completado 18
anos quando começou a trabalhar voluntariamente em
creches paulistanas.
Seu espírito empreendedor se manifestaria poucos
anos depois, ao criar uma
ONG para a população de
moradores de rua na cidade,
que existe até hoje.
O trabalho, também voluntário, foi crescendo. E
Max Mu, como é conhecido
pelos amigos, passou a enfrentar um drama comum
nas organizações sociais.
"Cheguei a um ponto em
que eu não ganhava nada e
gerava renda para diversas
pessoas. Aí a relação fica difícil", explica.
A saída foi procurar projetos que tivessem retorno não
só social, mas também resultados financeiros para que
ele pudesse se manter. Hoje,
aos 34 anos, Max se orgulha
de ter dirigido peças teatrais,
como "Diário dum Carroceiro", e de organizar um projeto infantil que fala sobre a
cultura de uma comunidade
indígena de Parelheiros,
"Um Muriqui Aqui", orçado
em quase R$ 1 milhão.
"Todos acabam ganhando. Um projeto estruturado e
com retorno financeiro vai
dar muito mais retorno para
os índios e para todos os envolvidos do que ações voluntárias isoladas."
Ainda que por caminhos
diferentes, a empresária Rosana Perrotti chegou à mesma conclusão. Depois de
anos trabalhando em gigantes do mundo corporativo,
focada nas áreas de auditoria
e fusões e aquisições, ela começou a ajudar microempresas a se estruturarem do ponto de vista financeiro.
Naquele momento, percebeu que as organizações sociais também precisavam
disso para sobreviver.
"Até bem pouco tempo o
setor era carente dessa perspectiva de negócios com retorno coletivo, de empreendimentos rentáveis. É uma
nova maneira de encarar os
negócios, na qual todos saem
ganhando."
(AP)
Texto Anterior: Breves Próximo Texto: Trabalho: Autônomos deram emprego a mais de 14 mil pessoas Índice | Comunicar Erros
|