São Paulo, terça-feira, 05 de outubro de 2010

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FOCO

Projetos culturais viram negócio rentável para ator

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

De origem humilde, Max Muratório de Macedo ainda não tinha completado 18 anos quando começou a trabalhar voluntariamente em creches paulistanas.
Seu espírito empreendedor se manifestaria poucos anos depois, ao criar uma ONG para a população de moradores de rua na cidade, que existe até hoje.
O trabalho, também voluntário, foi crescendo. E Max Mu, como é conhecido pelos amigos, passou a enfrentar um drama comum nas organizações sociais.
"Cheguei a um ponto em que eu não ganhava nada e gerava renda para diversas pessoas. Aí a relação fica difícil", explica.
A saída foi procurar projetos que tivessem retorno não só social, mas também resultados financeiros para que ele pudesse se manter. Hoje, aos 34 anos, Max se orgulha de ter dirigido peças teatrais, como "Diário dum Carroceiro", e de organizar um projeto infantil que fala sobre a cultura de uma comunidade indígena de Parelheiros, "Um Muriqui Aqui", orçado em quase R$ 1 milhão.
"Todos acabam ganhando. Um projeto estruturado e com retorno financeiro vai dar muito mais retorno para os índios e para todos os envolvidos do que ações voluntárias isoladas."
Ainda que por caminhos diferentes, a empresária Rosana Perrotti chegou à mesma conclusão. Depois de anos trabalhando em gigantes do mundo corporativo, focada nas áreas de auditoria e fusões e aquisições, ela começou a ajudar microempresas a se estruturarem do ponto de vista financeiro.
Naquele momento, percebeu que as organizações sociais também precisavam disso para sobreviver.
"Até bem pouco tempo o setor era carente dessa perspectiva de negócios com retorno coletivo, de empreendimentos rentáveis. É uma nova maneira de encarar os negócios, na qual todos saem ganhando." (AP)


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