São Paulo, segunda-feira, 06 de dezembro de 2010 |
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PARAGUAI Setor agrícola reclama de falta de segurança jurídica DE BUENOS AIRES A produtora rural Simona Cavazzutti, 52, que deixou a Itália para investir no Paraguai há 25 anos, comemora a colheita recorde de soja, mas reclama da insegurança jurídica e rejeita maior tributação ao setor. Do departamento de Alto Paraná, no leste do país, ela dirige uma central de cooperativas que produz 30% da soja paraguaia.(GH) Folha - Quem responde pelos bons resultados de 2010? Simona Cavazzutti - O clima e o banco central. A chuva permitiu colheitas excelentes em todas as culturas e tivemos a sorte de driblar a crise internacional. O BC atuou para que os bancos mantivessem linhas de crédito para o setor, o que facilitou a nossa vida. Há interesse dos produtores em investir o lucro no país? Somos vistos por parte do governo e por ONGs como personagens que levam o lucro embora. É mentira. Temos intenção de reinvestir, desde que haja clima político e segurança jurídica. Hoje estamos à mercê de ONGs apoiadas pelo governo que atuam contra nós. Há um clima de confronto, apesar de haver terra para todo mundo. Qual é o principal gargalo para o desenvolvimento? A falta de integração entre Estado e setor privado. É preciso resolver problemas de infraestrutura e construir clima de previsibilidade. Hoje não dá para fazer um plano de investimento de médio ou longo prazo. Arrumamos rodovias por conta própria, mas juntos podemos construir ferrovias e fazer mais estradas. O setor está disposto a pagar mais em tributos se os resultados continuarem bons? O problema não é a quantidade de tributos ou a taxa. O drama é a sonegação e o descontrole na arrecadação. Novas taxas só irão punir aqueles que já pagam. Texto Anterior: Pela 1ª vez em 20 anos, Paraguai lidera expansão regional Próximo Texto: Venezuela vive caos na construção civil Índice | Comunicar Erros |
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