São Paulo, sexta-feira, 07 de janeiro de 2011

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Venezuela pede menos rigidez ao BNDES

Estatal PDVSA quer flexibilização de regras de garantias para financiamento de refinaria em parceria com Petrobras

Empresa brasileira já pressionou por aporte da venezuelana no projeto; BNDES não se pronuncia sobre o caso

JANAINA LAGE
CIRILO JUNIOR
DO RIO

A estatal venezuelana PDVSA pediu ao BNDES que flexibilize as regras de apresentação de garantias financeiras. A medida seria condição necessária para que a empresa participe do financiamento à construção da refinaria Abreu e Lima (PE), em parceria com a Petrobras.
Em reunião na sede do banco em dezembro, a PDVSA pediu que a exigência de fiança bancária com prazo de 20 anos (o mesmo padrão adotado nos empréstimos para a Petrobras) seja substituída por uma de cinco anos, que pode ser renovada.
Segundo a Folha apurou, embora essa modalidade não seja a mais usual, já há casos semelhantes em obras de infraestrutura. O BNDES não comenta o assunto.
Questionada ontem sobre o tema, a assessoria da PDVSA não se pronunciara até o fechamento desta edição. O mesmo ocorreu com o pedido feito à Embaixada da Venezuela em Brasília.
A dificuldade da PDVSA em se qualificar para obter recursos do BNDES é o principal entrave para a participação da venezuelana no projeto. Acordo firmado em 2008 entre Petrobras e PDVSA prevê sociedade em que a Petrobras tem 60% do capital, e a PDVSA, 40%.
Em 2009, o banco anunciou empréstimo de R$ 25 bilhões para um conjunto de investimentos da Petrobras.
A parcela do financiamento destinada à refinaria era de R$ 9,89 bilhões.
O investimento total no projeto chega a US$ 13 bilhões (ou R$ 21,7 bilhões). A Petrobras tem pressionado para que a PDVSA faça aportes no projeto e já ameaçou desfazer a parceria.

Colaborou FLÁVIA MARREIRO, de Caracas


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