São Paulo, quinta-feira, 07 de abril de 2011

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BNDES poderá financiar aeroportos

Presidente do banco estatal afirma que planeja injetar capital para reestruturações e ampliações de terminais

Segundo Coutinho, todos os projetos que tiverem consistência devem ser analisados rapidamente e apoiados
JANAINA LAGE
DO RIO

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, afirmou ontem que o banco estatal poderá participar como financiador da reestruturação dos aeroportos.
As melhorias e as ampliações dos terminais são necessárias para atender o crescimento da demanda e o maior volume de passageiros durante a Copa de 2014.
A presidente Dilma Rousseff escolheu nesta semana Wagner Bittencourt de Oliveira, que ocupava o cargo de diretor de infraestrutura do BNDES, para ocupar a Secretaria Nacional de Aviação Civil, órgão responsável pela reorganização do setor.
De acordo com Coutinho, todos os projetos que tiverem consistência econômica serão analisados rapidamente e apoiados.
"Aeroportos no mundo inteiro são atividades muito rentáveis, especialmente os grandes aeroportos, que têm capacidade de sustentação e, portanto, capacidade de suportar financiamentos. Não vemos isso como problema, mas como oportunidade."
Se a proposta for adiante, esta será a primeira vez que o banco financiará mudanças na infraestrutura aeroportuária. Hoje, a Infraero é responsável pela administração de 67 aeroportos no país, que representam 97% do movimento de transporte no setor.

TREM-BALA
Coutinho defendeu ainda o projeto do trem-bala como uma forma de conectar os principais aeroportos.
O banco já faz parte das discussões do setor. Ele financiou no ano passado estudo realizado pela consultoria McKinsey com recomendações para os horizontes de 2014, 2020 e 2030.
O estudo conclui que o Brasil precisa mais do que dobrar sua capacidade nos aeroportos, de 130 milhões para 310 milhões de passageiros/ano.
A área de estruturação de projetos, que também pertencia a Bittencourt, foi responsável pela contratação do estudo de viabilidade da concessão à iniciativa privada do aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN).
O banco também contratou um estudo de reestruturação da Infraero, que está agora nas mãos do governo.


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