São Paulo, quarta-feira, 07 de setembro de 2011

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VAIVÉM

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Indústrias negociam menos tratores, mas cresce a procura por colheitadeiras

Os produtores agrícolas pisaram no freio na compra de tratores, e as indústrias apresentaram queda nas vendas neste ano, tanto no Brasil como na Argentina.
Um dos motivos da retração é a participação menor dos programas de incentivos governamentais nas vendas.
Em pleno início de plantio, as indústrias brasileiras colocaram 4.959 tratores nas agências revendedoras, 12% menos que em igual período de 2010. Nos últimos oito meses, as vendas acumuladas somam 36 mil unidades, 10% inferiores às de janeiro a agosto do ano passado.
Os produtores argentinos, que são outro importante mercado para as indústrias, também estão comprando menos neste ano.
As vendas de agosto caíram para apenas 222 unidades, 50% abaixo das de igual mês de 2010. No acumulado deste ano, as distribuidoras argentinas colocaram 2.857 tratores no mercado, 30% abaixo do número de janeiro a agosto de 2010.
A boa safra deste ano e os bons preços fizeram, no entanto, com que os produtores renovassem a frota de colheitadeiras nos dois países.
As indústrias brasileiras repassaram 351 unidades para as concessionárias no mês passado, 31% mais do que em agosto do ano passado.
No ano, as vendas somam 2.877 unidades, com aumento de 10% em relação às comercializadas em igual período anterior.
As vendas subiram ainda mais na Argentina. As indústrias repassaram 49 unidades para o mercado, 63% mais do que em 2010.
Já as vendas acumuladas neste ano atingiram 653 colheitadeiras no país vizinho, com alta de 57%.

Crise O cenário ruim da economia europeia derrubou os preços das commodities ontem, principalmente as negociadas no mercado de Nova York.

Demanda Além da recuperação do dólar, as commodities enfrentam uma redução na demanda, provocando essa forte queda nos preços.

Líder A maior retração ocorrida ontem em Nova York ficou com o cacau, que recuou para os menores preços em quatro meses. Com a queda, os preços atuais são apenas 9% superiores aos de há um ano.

Açúcar O produto também refletiu o cenário de demanda mais fraca e o preço recuou 3%. Mas, em 12 meses, ainda há alta de 37%.

Cenário bom Apenas 12% dos empresários do setor de cobre preveem queda nos negócios neste ano. Para 75%, a indústria cresce acima de 10%, de acordo com estudo do Sindicel (sindicato que congrega as indústrias do setor).

Com KARLA DOMINGUES



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