São Paulo, quarta-feira, 07 de setembro de 2011

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ANÁLISE

Brasil sobe em lista, mas ainda ocupa posição intermediária

MARCIO SALVATO
ESPECIAL PARA A FOLHA

O desempenho do Brasil segue o principal resultado do relatório, que aponta para a continuidade de um processo de convergência entre as economias emergentes e as em desenvolvimento.
Isso não é surpresa, uma vez que os ganhos de eficiência são mais fáceis para países que estão em níveis mais baixos de desenvolvimento.
Contudo, para entender a posição intermediária do Brasil, devemos avaliar as 12 categorias que compõem o índice, divididas em três subíndices: 1) requerimentos básicos, 2) aspectos que potencializam a eficiência e 3) fatores de inovação e sofisticação.
O Brasil ocupa só a 83ª posição em requerimentos básicos, sendo a principal deficiência o "ambiente macroeconômico", ocupando a 115ª posição neste quesito, e ainda "instituições" (77º), "infraestrutura" (64º) e "saúde e educação primária" (87º).
Para os outros dois subíndices, ocupamos respectivamente a 41ª e a 35ª posição, mas com alta deficiência para as variáveis "eficiência no mercado de bens" (113º) e "eficiência no mercado de trabalho" (83º).
Ficamos bem em "ambiente de negócios sofisticado" (31º) e "tamanho do mercado" (10º).
Em linhas gerais, pode-se dizer que a posição do Brasil é fruto de problemas em questões que são os fundamentos da competitividade no longo prazo, que esbarram na nossa histórica deficiência em infraestrutura, produtividade da mão de obra e qualidade das instituições.

MARCIO SALVATO é coordenador do curso de economia do Ibmec.



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