São Paulo, sábado, 08 de janeiro de 2011

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Telebrás pagará por uso de rede de fibra ótica

São cerca de 30 mil quilômetros de cabos que serão usados no Plano Nacional de Banda Larga

DE BRASÍLIA

A Telebrás vai remunerar estatais, empresas privadas e governos locais pelo uso dos 30 mil quilômetros de cabos de fibra ótica para garantir acesso à banda larga.
Ontem, após reunião com a presidente Dilma Rousseff para discutir o Plano Nacional de Banda Larga, o ministro Paulo Bernardo (Comunicações) disse que ainda não há uma estimativa de custo, mas que as definições serão tomadas até abril, quando o plano deverá estar pronto.
Entre as empresas que serão remuneradas, estão Petrobras e Eletrobras, que detêm ampla rede de cabos espalhada pelo país.
Segundo ele, uma das ideias é negociar com as empresas a redução do custo da internet para a classe média, em torno de R$ 100.
"Acho caro. Há uma estratégia equivocada das empresas de trabalhar para fornecer para menos pessoas com serviços mais caros. Tem que haver uma inflexão nisso, massificar, ganhar na escala", disse o ministro.
O ministro afirmou que a queda de preços está em negociação com as empresas. Segundo ele, a presidente pediu a redução de custo citando o tamanho da classe média, hoje, no Brasil, e a necessidade de sua solidificação.
"Existe uma classe média cada vez mais poderosa e cada vez mais sedenta por acesso a novas tecnologias e a novas mídias", disse.

SUBSÍDIO
Bernardo afirmou que o plano de banda larga não prevê gratuidade, mas que poderá haver subsídio. Ele disse que o projeto dependerá do orçamento da estatal, que está congelado.
"Não estamos discutindo gratuidade, mas pensando em uma tarifa mais baixa, se necessário subsidiada", disse. O valor mais baixo que vem sendo estudado pelo governo é de uma tarifa mínima entre R$ 30 e R$ 35.
Paulo Bernardo está à espera da votação, no Congresso, de um aumento de capital da empresa no valor de R$ 600 milhões neste ano.
Outros R$ 400 milhões referentes ao orçamento de 2011 da estatal também dependem de aprovação. "Tudo o que eu não posso é reclamar disso", afirmou, já que foi ministro do Planejamento até dezembro passado e responsável pelos cortes no Orçamento deste ano.
(SIMONE IGLESIAS E BRENO COSTA)


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