São Paulo, terça-feira, 08 de fevereiro de 2011 |
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VAIVÉM MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br Produtores de frutas buscam novos mercados Produtores de frutas vão à principal feira do setor nesta semana -a Fruit Logistica, na Alemanha- para abrir novas frentes no mercado externo. O objetivo é reduzir a dependência da Europa, que responde por 77% dos embarques de frutas frescas. Considerando os principais itens da pauta exportadora brasileira -melão, limão tahiti e maçã-, a dependência é ainda maior: 98% das exportações têm países europeus como destino. Segundo Maurício Ferraz, gerente-executivo do Ibraf (Instituto Brasileiro de Frutas), essa concentração prejudicou o setor em 2010. A retomada mais lenta dos países importadores após a crise internacional resultou em queda de 2,7% no volume exportado pelo Brasil, para 759 mil toneladas. Por isso, o setor busca diversificar, e países como China, Malásia e Indonésia estão no radar. Hoje, barreiras fitossanitárias impedem as exportações para a China, maior produtor mundial, com 179 milhões de toneladas de frutas. A produção brasileira -a terceira maior do mundo- é de 41 milhões de toneladas. Mas as barreiras não intimidam o Ibraf. Para Ferraz, os chineses não terão condições de aumentar a produção na mesma velocidade do crescimento da população urbana nos próximos anos, o que pode abrir o mercado. No caso do Brasil, a distância dificulta. O alto custo do frete e o tempo curto de prateleira limitam as variedades que podem ser exportadas para a Ásia. A saída, segundo Ferraz, é agregar valor. Polpas, frutas desidratadas e até frutas frescas prontas para o consumo, em embalagens especiais, certificadas e transportadas em aviões, podem ser exportadas para a Ásia, segundo ele. A promoção da fruta brasileira como um produto de alto valor agregado -baseada no tripé sabor, praticidade e apelo à saúde- evitou que a queda no volume embarcado em 2010 resultasse também em queda de receita. Pelo contrário, o valor obtido com as exportações de frutas subiu 9%, atingindo US$ 610 milhões. Para este ano, o Ibraf estima avanço de 5% para volume e receita. Recorde 1 A safra de soja de 2010/11 deve ficar em 71,2 milhões de toneladas, segundo estimativa da AgRural. O volume ultrapassa a produção recorde da safra anterior, de 69 milhões de toneladas. A produtividade deve ficar em 49,2 sacas por hectare, também inédita. Recorde 2 As exportações de 2,7 milhões de sacas de café em janeiro renderam ao Brasil o melhor resultado para o mês nos últimos cinco anos, informou o Cecafé (conselho dos exportadores). Bolso cheio 1 Em relação a janeiro de 2010, os embarques de café cresceram 9%. Em receita, o avanço foi de 51%, para US$ 581 milhões -reflexo da alta de preço no mercado internacional. Bolso cheio 2 Mais de metade da soja da safra 2010/11, que ainda não foi colhida, já foi vendida. Segundo a AgRural, 51% da nova safra foi comercializada até o final de janeiro. No mesmo período do ano passado, esse percentual era de 31%. Em alta Os preços na Ceagesp subiram 4,45% em janeiro, puxados pela alta de verduras (53%) e legumes (19%). As chuvas no Sudeste prejudicaram a produção. Volta a R$ 2 O frango começou a semana em alta nas granjas do interior paulista. Ontem, o quilo da ave viva foi negociado a R$ 2. A melhora na demanda e a semana de pagamento de salários explicam a alta. OLHO NO PREÇO COTAÇÕES Mercado Interno ARROZ (por saca) R$ 21,89 FEIJÃO (por saca) R$ 77,33 Londres BRENT (por barril) US$ 99,25 ZINCO (por tonelada) US$ 2.508 TATIANA FREITAS (interina) com KARLA DOMINGUES Texto Anterior: Novas normas para o controle do leite passam a valer em julho Próximo Texto: Nizan Guanaes: Não é o dinheiro, estúpido Índice | Comunicar Erros |
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