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Bovespa negociará Avon, Apple, Pfizer e Google
Pequeno investidor poderá negociar papéis em agosto por meio de fundos
Novo Mercado da Bolsa terá regras mais duras de transparência e de proteção ao acionista minoritário em 2010
TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO
O brasileiro poderá investir, a partir de agosto, em algumas das empresas mais
populares do planeta.
No pregão da Bolsa devem
estrear os papéis de Avon,
McDonald's, Pfizer (farmacêutica), Walmart, bancos
Goldman Sachs e Bank of
America, além da petrolífera
Exxon Mobil e das gigantes
tecnológicas Apple e Google.
Também serão negociados
os papéis da siderúrgica indiana Mittal, que comprou e
fechou o capital da brasileira
Acelor.
Os negócios serão de forma indireta, por meio de recibos conversíveis em ações estrangeiras chamados BDRs
(Brazilian Depositary Receipts) não patrocinadados.
O "não patrocinado" significa que essas empresas não
lideraram o trâmite para ter
suas ações listadas no Brasil.
Esse processo será feito pelos
bancos Citibank e Deutsche.
Por esse motivo, só grandes investidores -gestores e
fundos de investimentos-
poderão comprar diretamente esses recibos.
O investidor pessoa física,
porém, poderá negociar essas empresas como cotista
desses fundos.
A expectativa é que os
bancos lancem fundos simplificados de ações, negociados diretamente no pregão.
NOVO MERCADO
A BM&FBovespa divulgou
ontem proposta de aperfeiçoamento das regras do Novo Mercado, segmento que
zela pelo respeito aos acionistas minoritários.
Pela proposta, as novas
empresas que abrirem capital não poderão mais instituir
em seus estatutos as chamadas "poison pills" -dispositivos que protegem os controladores da tomada de poder por outros acionistas.
Também prevê que, quando um sócio atingir 30% do
capital de uma empresa e assumir o controle, ficará obrigado a fazer aos demais acionistas uma oferta de compra
de ações pelo maior preço
atingido pelo papel no período de 12 meses.
O objetivo é impedir que o
majoritário tome medidas
que diluam o patrimônio dos
minoritários.
A proposta depende da
aprovação de dois terços das
empresas participantes do
Novo Mercado e deverá passar pela CVM.
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