São Paulo, quinta-feira, 08 de julho de 2010

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Bovespa negociará Avon, Apple, Pfizer e Google

Pequeno investidor poderá negociar papéis em agosto por meio de fundos

Novo Mercado da Bolsa terá regras mais duras de transparência e de proteção ao acionista minoritário em 2010

TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO

O brasileiro poderá investir, a partir de agosto, em algumas das empresas mais populares do planeta.
No pregão da Bolsa devem estrear os papéis de Avon, McDonald's, Pfizer (farmacêutica), Walmart, bancos Goldman Sachs e Bank of America, além da petrolífera Exxon Mobil e das gigantes tecnológicas Apple e Google.
Também serão negociados os papéis da siderúrgica indiana Mittal, que comprou e fechou o capital da brasileira Acelor.
Os negócios serão de forma indireta, por meio de recibos conversíveis em ações estrangeiras chamados BDRs (Brazilian Depositary Receipts) não patrocinadados.
O "não patrocinado" significa que essas empresas não lideraram o trâmite para ter suas ações listadas no Brasil. Esse processo será feito pelos bancos Citibank e Deutsche.
Por esse motivo, só grandes investidores -gestores e fundos de investimentos- poderão comprar diretamente esses recibos.
O investidor pessoa física, porém, poderá negociar essas empresas como cotista desses fundos.
A expectativa é que os bancos lancem fundos simplificados de ações, negociados diretamente no pregão.

NOVO MERCADO
A BM&FBovespa divulgou ontem proposta de aperfeiçoamento das regras do Novo Mercado, segmento que zela pelo respeito aos acionistas minoritários.
Pela proposta, as novas empresas que abrirem capital não poderão mais instituir em seus estatutos as chamadas "poison pills" -dispositivos que protegem os controladores da tomada de poder por outros acionistas.
Também prevê que, quando um sócio atingir 30% do capital de uma empresa e assumir o controle, ficará obrigado a fazer aos demais acionistas uma oferta de compra de ações pelo maior preço atingido pelo papel no período de 12 meses.
O objetivo é impedir que o majoritário tome medidas que diluam o patrimônio dos minoritários.
A proposta depende da aprovação de dois terços das empresas participantes do Novo Mercado e deverá passar pela CVM.


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