São Paulo, terça-feira, 08 de novembro de 2011

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VAIVÉM

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Brasil eleva exportações em 10% e ganha novos mercados para o milho

A redução de oferta de milho no mercado internacional, principalmente devido à quebra de produtividade e aos estoques reduzidos nos Estados Unidos, permitiu ao Brasil ganhar novos mercados para o produto.
As exportações acumuladas de janeiro a outubro últimos já somam 7,7 milhões de toneladas, recorde para o período, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento. Esse volume supera em 10% o de igual período anterior e em 43% o de 2009.
O Brasil manteve mercados tradicionais neste ano, como o Irã e Taiwan, mas conseguiu também uma dezena de novos países na lista dos importadores.
Entre os novos países que vieram ao país buscar milho neste ano -e que não o fizeram no mesmo período de 2010- estão Alemanha, Israel e Porto Rico. O líder nas compras do produto brasileiro foi o Irã, que importou 1,53 milhão de toneladas de janeiro a outubro.
Os cinco maiores importadores compraram 4,1 milhões de toneladas do cereal, 53% do milho exportado pelo Brasil no período.
As exportações brasileiras, que devem superar 10 milhões de toneladas neste ano, deram sustentação aos preços do produto no mercado interno.
Os preços atuais do cereal no mercado interno superam em 24% os de há um ano.
A alta ocorre também no mercado externo, onde o milho é uma das poucas commodities agrícolas que têm preços superiores aos praticados em igual período do ano passado.
O primeiro contrato negociado em Chicago está a US$ 6,53 por bushel (25,4 quilos), 11% acima dos valores praticados na Bolsa em outubro de 2010.

Importações de adubo começam o mês em alta

As importações de adubos e de fertilizantes começaram o mês aquecidas. Os dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), referentes à primeira semana deste mês, indicam que a média diária dos gastos com importações aumentaram para US$ 71,6 milhões.
Esse volume supera em 127% o de novembro do ano passado e em 85% o de outubro último.
As importações desse setor vêm crescendo neste ano devido à demanda maior dos produtores e à recomposição dos estoques das indústrias pertencentes ao setor de fertilizantes.
Produção elevada e preços melhores permitem aos produtores utilizar mais tecnologia na lavoura.
Além do aumento das vendas de adubos, as indústrias de sementes e de defensivos também registram volume maior nas vendas.

Comissão do Senado quer ouvir BNDES

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, foi convocado para falar hoje na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Demóstenes Torres (DEM-GO), responsável pela convocação, diz que Coutinho será arguido sobre os empréstimos do banco a grandes empresas.
No rol desses empréstimos, Torres diz que os senadores querem saber sobre a participação do banco em investimentos exteriores, como os da Bolívia.
Será dado destaque ao dinheiro do banco a frigoríficos, entre eles JBS e Independência. "O caso do JBS é um pouco mais gritante." As operações do banco alimentam a inflação e servem de suporte para sustentar empregos no exterior, diz ele.
O JBS afirma que seguiu os trâmites legais para obter os empréstimos do banco e se tornar a principal empresa de carnes no mundo.

Com KARLA DOMINGUES


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