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Não há plano B para o país, diz Portugal Telecom
Portugueses afirmam não ter estratégia sem a Vivo
JULIO WIZIACK
DE SÃO PAULO
ELVIRA LOBATO
DO RIO
Um alto executivo da PT
(Portugal Telecom) disse à
Folha que a operadora só
tem "plano A" e não negocia
a entrada no controle da Oi
nem como minoritária. Também negou a participação no
leilão 3G junto com o grupo
Ongoing, sócio da PT.
As duas possibilidades poderiam ser uma saída para
continuarem atuando no
Brasil, caso os acionistas da
PT decidam vender sua parcela na Vivo à Telefónica por
6,5 bilhões.
Os sócios portugueses da
PT (Banco Espírito Santo,
Caixa Geral de Depósitos e
Ongoing) são contra a venda
e tentam convencer os outros acionistas, donos de
72% da PT, a negar a oferta,
considerada insatisfatória.
Ainda segundo o executivo, não foi discutido o que
fazer com o dinheiro, caso a
decisão seja pela venda.
Mas a Folha apurou que
começaram a surgir conversas com advogados da Oi e
fundos de pensão acionistas
da operadora. O grupo Ongoing também esteve na
Agência Nacional de Telecomunicações e se disse interessado em participar do leilão 3G para novos grupos.
NO COMANDO DA OI, NÃO
Os controladores da Oi negam que haja conversa ou
negociação com a PT e sustentam que o comando da
operadora é ""inegociável".
O controle da Oi (50,1% do
capital) é dividido entre os
grupos La Fonte (família Jereissati), Andrade Gutierrez
Telecomunicações e o fundo
de pensão dos empregados
da Oi, o Atlântico.
O resto está com a BNDES
Participações (31,38%) e com
os fundos de pensão Previ
(12,948%), Petros (2,739%) e
Funcef (2,79%). A BNDESPar
vai reduzir sua participação
para 16,89% para que Petros
(dos funcionários da Petrobras) e Funcef (da Caixa Econômica Federal) atinjam
10% cada um.
O BNDES está prestes a publicar o edital para o leilão
das ações. Ele será aberto a
outros interessados, mas, caso eles adquiram os papéis,
serão tratados como minoritários devido ao acordo de
acionistas costurado pela Oi
após a compra da Brasil Telecom. E isso não interessa aos
portugueses da PT.
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