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OUTRO LADO
Orelhão não é usado, dizem concessionárias
DE SÃO PAULO
As concessionárias de telefonia fixa discordam que a
Anatel deva insistir na revisão das metas passadas de
instalação de telefones públicos no país.
Nos últimos três anos, o
uso de telefones públicos
vem seguindo um ritmo de
queda de 30% ao ano, uma
tendência internacional e
que se repete no país, segundo as operadoras.
Para elas, o investimento
em instalação e manutenção
de um orelhão não é amortizado com a receita gerada.
Em uma das concessionárias, 37% da base de terminais coletivos é deficitária
(não se paga com as receitas
geradas). Nessa mesma operadora, metade dos orelhões
estaria ociosa.
As teles consideram que
esse dinheiro poderia ser
destinado a outros investimentos, como a expansão ou
o aumento de capacidade de
transmissão do "backhaul",
as centrais de comunicação
instaladas na sede de cada
município do país para a
oferta de internet em banda
larga, entre outros serviços.
Além disso, elas também
consideram que os celulares
chegam a praticamente todos os municípios do país,
cumprindo a função de dar
acesso aos serviços de telefonia onde não há orelhões.
Existem também, nessas
localidades, pessoas que
vendem minutos de celular
em locais públicos, resolvendo em parte os problemas de
acesso aos serviços.
(JW)
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