São Paulo, domingo, 10 de abril de 2011

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Convencer times e explicar PPP viram desafios para o consórcio

DO ENVIADO A LOS ANGELES

Principal atrativo da Cidade da Copa, a Arena Pernambuco vai consumir mais de R$ 530 milhões. Mas ainda não sabe quem jogará nela.
Como muitas capitais nordestinas, Recife é cidade de futebol com casa cheia. Só que são três times, Sport, Náutico e Santa Cruz, com estádios e orgulhos próprios.
A primeira oferta foi recusada por todos: mandar 20 jogos por temporada na nova arena. Os clubes aguardam uma nova oferta até julho.
"Temos certeza de que chegaremos a um acordo quando explicarmos como eles poderão lucrar mais jogando na Arena que em seus próprios estádios", afirma Chuck Steedman, da AEG.
Do lado da Odebrecht, a tarefa de convencimento não é menos complexa: mostrar para a opinião pública e principalmente para as autoridades fiscalizadoras que PPP é bom negócio para o Estado.
"O que falta neste país é HP12C", brinca Fernando Jens, citando a popular calculadora financeira. Para o executivo da Odebrecht, conceitos como valor presente (quanto um valor no futuro significa hoje, levando em conta inflação e juros) são ignorados. "Na Bahia, o Estado pagará R$ 107,3 milhões/ ano por 15 anos pelo estádio. Só que dizer que a Fonte Nova custará R$ 1,6 bi é errado. Pelo valor presente, é coisa de R$ 650 milhões." (JHM)


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