São Paulo, sábado, 10 de julho de 2010

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Nova regra pode parar Petrobras no Japão

DA BLOOMBERG

A Petrobras deverá gastar bilhões de dólares para reformar suas instalações no Japão ou terá de desativá-las por causa das novas regras do setor para tentar elevar o refino de óleo pesado, dizem analistas .
O regulamento exige que as refinarias aumentem a proporção de gasolina e óleo combustível produzida a partir de resíduos de óleo pesado, que são mais baratos do que os óleos leves, afirma o ministro do Comércio, Masayuki Naoshima.
As empresas deverão aumentar as taxas de refino de resíduo até 2014. O ajuste dependerá do percentual atual e pode chegar a até 45% para as empresas com taxa de refino de óleo pesado abaixo de 10%.
As regras buscam obrigar as refinarias a modernizar as instalações ou cortar a capacidade, num mercado com excesso de oferta, para que elas possam competir com as rivais asiáticas.
A mudança pode obrigar as petroleiras a reduzirem a capacidade em 800 mil barris diários, ou 17%, ao decidirem fechar as refinarias antigas em vez de promover reformas caras, diz Hidetoshi Shioda, analista de energia na Mizuho Securities.
Cerca de 10% da capacidade do país é dedicada ao processamento de óleo pesado, ante 36% na China e 19% na média asiática, segundo o governo japonês.
A Tonengeneral Sekiyu, unidade da norte-americana ExxonMobil, a japonesa Cosmo Oil e a Petrobras tendem a ser as maiores perdedoras porque têm as menores taxas de capacidade de refino de resíduos para destilação, afirmou Osamu Fujisawa, economista especializado em petróleo da consultoria FE Associates.
Nelson Toyomura, porta-voz da Nansei Sekiyu, unidade da Petrobras, afirmou que a empresa brasileira ainda não determinou o que vai fazer com os 100 mil barris diários de capacidade na unidade em Okinawa.
Um porta-voz da ExxonMobil afirmou que a companhia está reavaliando as novas regras e se negou a fazer comentários.


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