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commodities
Bahia terá complexo eólico com investimento de R$ 400 milhões
Parque da Alstom e da Desenvix terá capacidade para abastecer cidade com 400 mil pessoas
Obra ficará pronta no ano que vem, quando
a Alstom irá inaugurar sua primeira fábrica
de turbinas no Brasil
NATÁLIA PAIVA
DE SÃO PAULO
A francesa Alstom, empresa de infraestrutura e geração de energia, e a brasileira
Desenvix, do grupo Engevix,
anunciaram ontem assinatura de contrato para construir
um parque eólico na Bahia,
orçado em R$ 400 milhões.
Batizado de Brotas, o complexo terá três usinas que somarão 90 MW (com capacidade para abastecer cidade
com 400 mil habitantes). As
plantas, que devem entrar
em operação em 2011, são o
primeiro projeto da Alstom
no mercado eólico brasileiro.
Os componentes dos 57 aerogeradores -que transformam a força dos ventos em
energia elétrica e respondem
por metade do custo da
obra- serão produzidos em
Espanha e Brasil. No ano que
vem, a Alstom também irá
inaugurar sua primeira fábrica de montagem de turbinas
no país, em Camaçari (BA).
"[O negócio] fortalece o relacionamento entre as duas
empresas [já parceiras em
projetos de pequenas e grandes hidrelétricas] no setor de
energia renovável e confirma
a posição da Alstom no mercado de energia eólica do
país", afirmou, em nota, o vice-presidente da Alstom
Wind, Alfonso Faubel.
FORÇA DO VENTO
A energia eólica foi foco de
12% dos aportes realizados
em energia renovável no Brasil entre 2005 e 2009. Mas, segundo a Bloomberg New
Energy Finance, o montante
investido na fonte cresceu
140% entre 2008 e 2009 e
passou a representar 25%
dos investimentos em energias renováveis no país.
O projeto da Desenvix é
um dos vencedores do primeiro leilão de energia eólica, realizado em dezembro
do ano passado. A energia de
Brotas, segundo Paulo Zuch,
diretor de implantação da
Desenvix, será comercializada ao preço de R$ 139,99.
O parque é uma prova da
mudança pela qual a fonte
eólica passou, em apenas um
ano. Se, até o ano passado, as
eólicas inauguradas geravam energia a um custo máximo de R$ 278 (contratos do
Proinfa, programa do governo federal para estimular
fontes renováveis), agora o
preço máximo nos novos
projetos já é de R$ 153,07.
Nesse tempo, mais fabricantes se instalaram no Brasil -são sete já instaladas ou
em processo- e o governo sinalizou a contratação regular
de fontes limpas alternativas
à hidroeletricidade. O próximo leilão ocorrerá em agosto.
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