São Paulo, sábado, 10 de julho de 2010

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commodities

Bahia terá complexo eólico com investimento de R$ 400 milhões

Parque da Alstom e da Desenvix terá capacidade para abastecer cidade com 400 mil pessoas

Obra ficará pronta no ano que vem, quando a Alstom irá inaugurar sua primeira fábrica de turbinas no Brasil

NATÁLIA PAIVA
DE SÃO PAULO

A francesa Alstom, empresa de infraestrutura e geração de energia, e a brasileira Desenvix, do grupo Engevix, anunciaram ontem assinatura de contrato para construir um parque eólico na Bahia, orçado em R$ 400 milhões.
Batizado de Brotas, o complexo terá três usinas que somarão 90 MW (com capacidade para abastecer cidade com 400 mil habitantes). As plantas, que devem entrar em operação em 2011, são o primeiro projeto da Alstom no mercado eólico brasileiro.
Os componentes dos 57 aerogeradores -que transformam a força dos ventos em energia elétrica e respondem por metade do custo da obra- serão produzidos em Espanha e Brasil. No ano que vem, a Alstom também irá inaugurar sua primeira fábrica de montagem de turbinas no país, em Camaçari (BA).
"[O negócio] fortalece o relacionamento entre as duas empresas [já parceiras em projetos de pequenas e grandes hidrelétricas] no setor de energia renovável e confirma a posição da Alstom no mercado de energia eólica do país", afirmou, em nota, o vice-presidente da Alstom Wind, Alfonso Faubel.

FORÇA DO VENTO
A energia eólica foi foco de 12% dos aportes realizados em energia renovável no Brasil entre 2005 e 2009. Mas, segundo a Bloomberg New Energy Finance, o montante investido na fonte cresceu 140% entre 2008 e 2009 e passou a representar 25% dos investimentos em energias renováveis no país.
O projeto da Desenvix é um dos vencedores do primeiro leilão de energia eólica, realizado em dezembro do ano passado. A energia de Brotas, segundo Paulo Zuch, diretor de implantação da Desenvix, será comercializada ao preço de R$ 139,99.
O parque é uma prova da mudança pela qual a fonte eólica passou, em apenas um ano. Se, até o ano passado, as eólicas inauguradas geravam energia a um custo máximo de R$ 278 (contratos do Proinfa, programa do governo federal para estimular fontes renováveis), agora o preço máximo nos novos projetos já é de R$ 153,07.
Nesse tempo, mais fabricantes se instalaram no Brasil -são sete já instaladas ou em processo- e o governo sinalizou a contratação regular de fontes limpas alternativas à hidroeletricidade. O próximo leilão ocorrerá em agosto.


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