DE SÃO PAULO - A partir de segunda-feira, 10 mil clientes da Daslu vão receber uma carta de Eliana Tranchesi, dona da butique, para explicar por que ela decidiu entrar com pedido de recuperação judicial.
O objetivo é renegociar dívidas de R$ 80 milhões com bancos e fornecedores e evitar a falência. A loja deve metade desse valor aos bancos HSBC e Bradesco, segundo a Folha apurou.
Na carta, escrita pela própria empresária e também publicada no site da Daslu, Tranchesi diz que essa foi a forma encontrada para "equacionar e solucionar os problemas que tem enfrentado desde 2005".
Na ocasião, a loja foi alvo de operação da Polícia Federal e Tranchesi e seu irmão, diretor da loja, foram presos.
A clientes e funcionários Tranchesi tem dito que "o sonho Daslu não será desfeito".
Em três reuniões na quinta-feira, com 200 empregados e 100 fornecedores, ela confirmou que busca um sócio, mas que não deixará o comando da loja. Disse ainda que não tem intenção de fazer demissões e que tem condições de pagar os salários dos 520 funcionários.
Para manter as portas abertas, pediu aos fornecedores um "atestado de confiança" e que "não deixem de fornecer o necessário".
Tranchesi também disse que o plano de mudança para o novo shopping JK Iguatemi está mantido. Desde abril, o grupo Iguatemi administra a Villa Daslu, onde está a loja. A empresária só administra o térreo. Os demais andares são gerenciados pelo grupo.
(CLAUDIA ROLLI)

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