São Paulo, sábado, 11 de junho de 2011
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Serasa vê queda de 50% na inadimplência Empresas de proteção ao crédito dizem estar preparadas para operar o cadastro positivo de crédito no país Propaganda ao público é estratégia para levar mais consumidores a autorizar o uso dos dados financeiros TONI SCIARRETTA DE SÃO PAULO Principal "operadora" do cadastro positivo brasileiro, a Serasa Experian já desenvolveu uma série de produtos e de ferramentas de análise de crédito prontas para manipular dados como histórico de pagamento dos consumidores para vender aos bancos e ao varejo. Só falta a base de dados ser alimentada com informações devidamente autorizadas pelos consumidores. Segundo Ricardo Loureiro, presidente da Serasa, o cadastro positivo deve reduzir pela metade a inadimplência do consumidor pessoa física, hoje de cerca de 6% do total de empréstimos, após um prazo de 12 meses de pleno funcionamento. "Teremos a oportunidade de entender qual é a capacidade de pagamento e de distinguir o bom pagador. À medida que tivermos uma base de dados mais parruda, poderemos diminuir à metade a inadimplência", disse. Para Loureiro, o novo cadastro deve beneficiar especialmente a população recém-bancarizada e os informais que trabalham por conta própria e não têm como comprovar renda. A SCPC, serviço de proteção ao crédito do comércio, também está preparada para utilizar informações positivas dos consumidores. Para Dorival Dourado, presidente da Boa Vista Serviços, gestora do SCPC, a ferramenta será fundamental para aperfeiçoar o sistema de concessão de crédito no país. "A efetividade do cadastro positivo virá gradualmente, conforme a sociedade compreenda seu funcionamento, incorporando-o às necessidades e à cultura do país." PROPAGANDA Diferentemente do que ocorre em outros países, o cadastro positivo no Brasil só poderá ser formado e compartilhado com a autorização expressa do cliente. A regra faz com que empresas como a Serasa, cujos clientes são os bancos e o varejo, tenham agora que se dirigir para o público geral. Para isso, a Serasa foi fazer anúncio em estádio de futebol antes mesmo da sanção. "Estamos diante de uma mudança cultural e a Serasa tem um trabalho para desenvolver. O cadastro positivo é a oportunidade que as pessoas têm de fazer com que seu bom comportamento seja revertido em benefício próprio. O cidadão também vai querer saber como estão os seus dados. Estamos preparados para esse atendimento também", disse Loureiro. "O cadastro tornará possível o registro de informações em benefício de todos os envolvidos, especialmente o consumidor", diz Dourado. Texto Anterior: Lei do cadastro positivo é aprovada com três vetos Próximo Texto: Consumo 1: Philips começa recall mundial de secador de cabelo Índice | Comunicar Erros |
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